O vento, que tem tido “bastante influência” na propagação do fogo no Algarve, deverá começar a diminuir a partir de sábado, disse à Lusa a meteorologista Joana Sanches, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). “O vento vai continuar a soprar com alguma intensidade durante o dia de hoje, principalmente durante a tarde, quer no litoral oeste, quer nas terras altas, prevendo-se que comece a diminuir a partir de sábado”, disse Joana Sanches.
Os próximos dias deverão, no entanto, contar com temperaturas mais elevadas, mas a humidade relativa, que “também é um fator a ter em conta no risco de incêndio”, vai baixar na sexta-feira e no sábado, principalmente na região sul. “Em termos de nebulosidade, não só para o Algarve, como para todo o território, vamos ter dias de céu pouco nublado ou limpo, e uma subida da temperatura, principalmente da máxima, na sexta e no sábado” e “noites tropicais”, principalmente na região sul, disse Joana Sanches.
“São esperadas noites com temperaturas próximas dos 20 graus nas regiões norte e centro” e no Algarve e no Alentejo, principalmente na noite de sexta-feira para sábado, os valores da temperatura mínima estarão acima dos 20 graus. Também as máximas na região sul, principalmente no Alentejo, vão estar acima dos 35 graus, disse a meteorologista Joana Sanches.
O incêndio que lavra no Algarve começou na passada sexta-feira, em Monchique, alastrando-se numa fase inicial ao concelho de Odemira, no distrito de Beja, onde foi rapidamente resolvido, seguindo depois em direção a Portimão, onde já não está ativo, e a Silves, onde ainda permanece.
Ao sétimo dia, o incêndio estende-se por um perímetro que ultrapassa os 100 quilómetros, afetando diretamente os concelhos de Monchique e de Silves.