Há cerca de uma semana, Elon Musk anunciou no Twitter a intenção de retirar a Tesla, a empresa de carros elétricos de que é proprietário, da bolsa norte-americana. Momentos depois, as ações da empresa começaram a disparar e os alertas soaram junto da SEC (Securities and Exchange Commission), o regulador norte-americano dos mercados.

Agora, segundo a FOX Business, foi aberta uma investigação à empresa para averiguar se o tweet de Elon Musk pode configurar uma ação especulativa. A Tesla terá de prestar explicações formalmente ao regulador, diz o canal norte-americano. Depois de ter sido noticiado o início desta investigação, as ações da gigante automóvel chegaram a desvalorizar 4,5%.

A 7 de agosto, foi o próprio Elon Musk que escreveu um tweet a dizer que queria fechar o capital da empresa. Na publicação, o magnata norte-americano garantia ter um fundo de investimento disposto a suportar os custos da saída da bolsa e anunciava o preço a que ia vender cada ação: 420 dólares, qualquer coisa como 362 euros.

As dúvidas começaram a crescer com o passar dos dias e, na segunda-feira, Musk emitiu um comunicado com mais detalhes sobre a operação: o fundo de investimento que vai garantir o financiamento da operação é da Arábia Saudita e possui “mais do que o capital que seria necessário para executar uma transação destas”. O fundo saudita já conta com 5% das ações da empresa e as negociações com Musk para que a empresa cotada começaram há quase dois anos, estando a sua conclusão presa por detalhes “de logística”.

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Elon Musk confirma que quer tirar a Tesla da bolsa. Financiamento está garantido por fundo da Arábia Saudita

A forma como Elon Musk anunciou a intenção de retirar a Tesla de um mercado cotado levantou suspeitas e a investigação vai agora seguir o seu percurso formal. Para enfrentar ao processo que agora se enceta, a Tesla já contratou os serviços de duas sociedades de advogados e abriu, internamente, um comité para estudar a melhor forma de privatizar a empresa.

Por agora, tanto a Tesla como o regulador norte-americano recusaram fazer quaisquer comentários sobre a investigação.