Operações em terra, serviços ao cliente e tripulação de cabine deverão ser os setores na aviação que terão mais crescimento em número de trabalhadores, segundo um inquérito da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Promovido junto de mais de 100 profissionais de recursos humanos de companhias aéreas, aeroportos e empresas de operações terrestres, o estudo revelou que mais de 70% dos inquiridos espera que o trabalho aumente, sobretudo entre o pessoal de terra, serviço ao cliente e tripulantes de cabine, nos próximos dois anos.
Os inquiridos preveem sobretudo crescimento nas operações terrestres: 76% responderam este setor na perspetiva de dois anos e 81% quando a pergunta era feita num horizonte de 10 anos. Os outros setores indicados, com menos expressão, para crescerem em termos laborais foram da regulamentação e segurança.
Em maior risco estarão profissionais de gestão, finanças e contabilidade. O inquérito mostra que os especialistas em recursos humanos notam que a qualidade das formações não suficientemente boa (só 28% afirma ser muito eficaz). Outra conclusão é que garantir formação em segurança e competências no serviço ao cliente são maiores prioridades do que as áreas tecnológicas.
A tecnologia está a alterar, não a substituir, o papel do atendimento ao cliente, lê-se nas conclusões do relatório, que garante que, mesmo com a opção de serviços ‘self-service’, continuarão as funções tradicionais no ‘check-in’ e nas portas de embarque para ser proporcionada uma “experiência tranquila e agradável” aos passageiros.
A IATA deixou de fora deste inquérito os pilotos e a manutenção porque “a escassez esperada” nessas profissões “já foi amplamente coberta pela indústria”. Segundo a associação, cerca de 10 milhões de pessoas são diretamente empregadas pela indústria do transporte aéreo.