D. João de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel, admitiu emprestar parte do acervo familiar de maneira a contribuir para a reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que no domingo foi engolido por um incêndio de grandes proporções. Enquanto acompanhava o trabalho dos bombeiros na Quinta da Boa Vista, onde se localiza o museu, Dom Joãozinho, como também é tratado no Brasil, considerou emprestar a mesa onde foi assinada a Lei Áurea — assinado a 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel, o diploma aboliu a escravatura em todo o país.
A minha família lutou durante anos para deixar esse património para o Brasil. Não é justo que tudo se perca desta forma. Não é só o museu que se vai. É a história do Brasil, esse acervo nunca vai ser reposto”, afirmou, citado pela Folha de São Paulo, na tarde de segunda-feira.
Do pacote de doações também poderão constar fotografias da coleção de D. Pedro II, bem como gravuras e algumas telas. “Isso será decidido com a direção do Ibram [Instituto Brasileiro de Museus] e do Museu Nacional”. “Sigo o dever histórico da família imperial de estar presente e servir o Brasil sempre”, disse ainda, citado pelo Estadão.
O Museu Nacional do Rio de Janeiro tinha 200 anos e, no seu interior, estavam 20 milhões de artigos — apenas 1% estava exposto e disponível ao público.