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Rio convida críticos a saírem do PSD e lamenta "partidarização" na escolha da PGR

Este artigo tem mais de 5 anos

Rui Rio convida a sair os críticos que discordam "estruturalmente" da sua liderança e que tentam "destruir o partido" enquanto é líder. Ex-vices da bancada reagem: "O PSD não tem donos".

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JOÃO RELVAS/LUSA

JOÃO RELVAS/LUSA

Rui Rio tanto foi acusado de ter um plano oculto para um Bloco Central, que acabou por ir parar a um: o programa da TSF, com Anselmo Crespo, Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes. Ao seu estilo, o presidente do PSD convidou os críticos internos a seguirem as pisadas de Santana Lopes e abandonarem o PSD e disse ainda que não se pronuncia sobre a recondução de Joana Marques Vidal enquanto António Costa ou Marcelo Rebelo de Sousa lhe pedirem opinião.

Rui Rio disse na antena da TSF que se pode achar a saída de Santana Lopes incoerente, mas que pelo menos houve “frontalidade” e que agora o seu antigo adversário das diretas está “legitimado para criticar”. Para o presidente do PSD “quem, estruturalmente, não concorda tem de ter uma atitude idêntica à que o Pedro Santana Lopes teve. Ele é livre, somos todos livres. Posso discordar, mas há frontalidade”. Para o líder social-democrata “o que já não é tão bonito é ficar cá dentro a tentar destruir o próprio partido, pelo menos, conjunturalmente, enquanto for esta liderança”.

Para Rui Rio pertencer a um partido é “colaborar e discordar criticamente, mas de forma genuína e real, não de forma tática”. Por isso, “os que discordam do ponto de vista estrutural é mais coerente sair. Não é coerente ficar dentro a tentar destruir.” O líder do partido nega também que o PSD esteja fragmentado, explicando que tem apenas “algumas vozes que têm um ego superior a qualquer militante anónimo, o que dá a imagem de fragmentado, mas não está fragmentado.”

Uma provocação aos críticos internos que não perderam tempo em reagir. Ainda o programa não tinha sido emitido na íntegra e já Miguel Morgado, deputado e ex-vice-presidente da bancada, escrevia no Facebook que “o PSD não tem donos. Nem pode ser um partido de expulsões, cisões e saídas”.

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Na mesma linha o também deputado e ex-vice-presidente da bancada “laranja”, Carlos Abreu Amorim, acusa Rio de “ignorar o que está em causa no esforço dos instalados do regime em despedir a PGR” e diz que nem sabe o que é pior, se o presidente do PSD “desautorizar o seu próprio secretário-geral” ou “desmentir o melhor ativo do PSD para as Europeias, Paulo Rangel”, uma referência às declarações do Presidente do partido sobre a eventual recondução de Joana Marques Vidal.

O antigo líder distrital de Lisboa, Carlos Carreiras, questionou, através do Facebook, ironizou sobre se as discordâncias entre Rio e Silvano — quanto à recondução da PGR — são consideradas estruturais. E questionou: “Se forem assim consideradas, Rui Rio aconselhará o seu Secretario-Geral a ir para outro partido?” Num registo igualmente irónico, Carreiras aconselhou ainda Rio “a não fazer isso” porque o PSD sempre foi “um partido democrático”.

Rio contra partidarização da escolha de PGR

Depois do seu secretário-geral José Silvano e do eurodeputado Paulo Rangel terem defendido de manhã e ao início da tarde a recondução de Joana Marques Vidal, Rui Rio recusou comentar o assunto e ainda advertiu quem o fez dentro do PSD. Para o líder social-democrata “quem é responsável de colocar o problema em cima da mesa é o primeiro-ministro e o Presidente da República. Enquanto eles não colocarem o problema em cima da mesa, eu não coloco o problema em cima da mesa”.

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Rio recusa-se igualmente a “partidarizar uma nomeação que deve ser tudo menos partidarizada”. E atira: Não quero nenhum PGR mais afeta ao PSD, ao PS, ao CDS, ao PC ou seja ao que for. É logo errado isso. A partidarização deste tema, acho logo errado. Isto tem de ser feito com elevação e com sentido de Estado”. O presidente do PSD confessou que Costa ainda não lhe pediu a opinião e recusou-se a dizer qual é a sua interpretação jurídica da recondução, já que dizer o que acha era dar “50% do que pode ser a posição do PSD”. E essa só dará se a questão lhe for colocada.

Rui Rio revelou ainda que se perder as eleições que vai enfrentar em 2019 não se recandidata. Por outro lado, admite ficar na mesma situação de Passos Coelho: ganhar sem maioria, não ser Governo e ficar na oposição. “Se ganhar as eleições por largo ou se ganhar por pouco como aconteceu com Pedro Passos Coelho não sendo governo é uma coisa, outra completamente diferente é perder por uma margem substancial. Isto é de La Palice”, afirmou no Bloco Central o presidente do PSD.

O líder eleito em janeiro diz ainda que o PSD teve “uma evolução ideológica nos últimos 20 anos que inclina mais para a direita do que para a esquerda” e que agora está novamente a redefinir-se.

Centeno seria bom ministro do PSD? É uma pergunta difícil

Rui Rio teme orçamento eleitoralista apenas “até certo ponto” porque “o facto de Centeno ser presidente do Eurogrupo é uma espécie de PPR que temos aqui porque ele não tem muita margem para, porque senão perde o pé em Bruxelas”. Ainda assim, o social-democrata acredita que “do lado do BE, PCP e PS vão procurar empurrar o Governo para tomar medidas mais populares” e que, por isso, “no curto espaço de manobra que tem, o Governo vai tender para o eleitoralismo.”

Rui Rio foi ainda questionado sobre se Mário Centeno daria um bom ministro das finanças para o PSD. Rio não rejeitou: “Essa  pergunta é difícil de responder”. E acrescentou:  “Não posso discordar que o orçamento tenha de ser equilibrado, que as finanças públicas tenham de ser rigorosas. Depois a forma como se faz, enfim. Seja na economia, seja nas Finanças públicas seja na economia, eu posso por força do lugar que tenho agora ter que me conter no momento em que disse as coisa”.

O presidente desvalorizou ainda as sondagens, que lhe têm sido negativas. Para Rui Rio “as sondagens bem feitas, mal feitas ou encomendadas, que também as há e muitas, valem muito pouco. Não estou a dizer que não valem nada, mas valem muito pouco.”

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