Cerca de 2.500 pessoas manifestaram-se em Köthen, cidade no estado da Saxónia-Anhalt, no leste da Alemanha, após a morte de um jovem de 22 anos, identificado como Markus B., na sequência de uma luta com dois afegãos residentes no país. As autoridades estão a tentar prevenir a repetição de atos de violência organizados por grupos neo-nazis e de extrema-direita, que emergiu após um acontecimento semelhante em Chemnitz, (também cidade pertencente ao estado da Saxónia): o homicídio de um homem de 35 anos, no passado dia 26 de agosto, que terá sido cometido por dois imigrantes e que se acredita ter dado maior ênfase à morte do jovem alemão de 22.
Os suspeitos afegãos foram detidos por estarem envolvidos neste incidente que envolveu um esfaqueamento. O jovem foi para o hospital, onde acabou por não resistir a uma paragem cardíaca, embora ainda não haja confirmação da causa da morte ou da responsabilidade direta dos afegãos nesta morte.
Mesmo sem qualquer uma destas confirmações, isso não travou os protestos de extrema-direita na cidade, com manifestações contra imigrantes. Desde 2015 que a violência xenófoba tem vindo a aumentar na Alemanha, sobretudo na parte leste, associada à integração de um milhão de refugiados no país. Não tardou que o número de atentados a centros de refugiados aumentasse significativamente face a 2014: registaram-se 75 atentados em 2015, enquanto no ano anterior apenas se tinham verificado cinco.
As últimas manifestações têm desencadeado um ambiente de tensão e instabilidade social no governo da chanceler alemã, Angela Merkel, dando azo a que as relações sociais de convivência e a posição económica da Alemanha estejam a ser postas em causa.