Uma transexual presa preventivamente por crimes sexuais foi agora transferida para uma prisão britânica masculina, depois de suspeitas de assédio e abusos sexuais contra quatro reclusas. Karen White, que ainda não foi submetida a uma cirurgia de mudança de sexo, defende-se e diz que sofre de disfução erétil, recusando duas das acusações.

Karen trabalhava como Drag queen em Manchester, no Reino Unido, e vestia-se e usava maquilhagem como uma mulher, mas foi detida por três crimes cometidos enquanto era Stephen Wood. Aos 52 anos, Wood, foi já casado, teve um filho e chegou a cumprir uma pena de cadeia por um ato sexual com um menor. Também foi sob esse nome que, segundo o tribunal, terá cometido três violações que o conduziram à prisão.

O caso é relatado pela BBC e pelo Daily Mail, esta quarta-feira, depois de Karen ter voltado ao tribunal. Desta vez por suspeitas  de quatro crimes de abuso sexual e assédio contra reclusas com quem partilhava a prisão. Os crimes terão ocorrido pouco depois de ter sido encarcerada, entre setembro e novembro de 2017, e incluem abuso sexual, toque indevido, exibição de genitais e comentário inaproriado sobre sexo oral, diz a imprensa. Karen, por seu turno, apenas terá admitido dois dos casos que lhe são imputados.

O caso de Karen tem levado ao debate da questão de onde se deverão encarcerar os reclusos transexuais, até porque estes reclusos são normalmente marginalizados nas cadeias. Segundo uma investigação da BBC, dos 125 presos transgéneros que se encontram presos no Reino Unido, 60 são suspeitos ou acusados de crimes sexuais.

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