“Mentiras e invenções flagrantes.” É assim que a primeira-ministra britânica Theresa May descreve a entrevista dada pelos dois suspeitos de terem envenenado o ex-espião Sergei Skripal e a filha, Yulia. Alexander Petrov e Ruslan Boshirov falaram ao canal de televisão RT para explicarem que estavam em Salisbury — onde Skripal vivia — “enquanto turistas” e que tinham ido visitar a famosa catedral que ali existe, mas May não foi na cantiga.
“Foi usada uma arma química ilegal nas ruas do nosso país. Vimos quatro pessoas a serem levadas para o hospital seriamente doentes e uma mulher inocente morreu. A Rússia respondeu com desprezo”, afirmou o porta-voz de Downing Street, algumas horas depois de a entrevista a Petrov e Boshirov ter sido divulgada. Para a primeira-ministra britânica, as declarações dos dois suspeitos não passam de “mentiras e invenções flagrantes” e são “um insulto para a inteligência do público”.
“E mais importante do que isso, são profundamente ofensivas para as vítimas deste ataque horrível e seus familiares”, disse ainda May, através do seu porta-voz, citado pelo jornal The Guardian.
Skripal. Suspeitos do ataque com novichok alegam que eram turistas em Salisbury
Alexander Petrov e Ruslan Boshirov foram identificados pela polícia britânica na semana passada. São acusados de conspiração e de tentativa de homicídio de Sergei e Yulia Skripal, que em março passado foram atacados com o agente nervoso novichok. As autoridades acreditam que os nomes usados pelos dois homens, que se suspeita serem espiões russos, são falsos. Vladimir Putin garantiu, no entanto, que Petrov e Boshirov “são civis sobre quem não há nada de especial ou criminoso“.