786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Águia de asas desequilibradas precisou de um argentino todo-o-terreno para voar até à liderança

Este artigo tem mais de 5 anos

Salvio começou na direita, marcou de grande penalidade e foi ao meio fazer a diferença num Benfica com menos dinâmica à esquerda, mas que foi suficiente para ultrapassar o Rio Ave e liderar o grupo A.

Salvio jogou e fez jogar, marcou e deu a marcar. Argentino foi decisivo no triunfo encarnado (Créditos: Lusa)
i

Salvio jogou e fez jogar, marcou e deu a marcar. Argentino foi decisivo no triunfo encarnado (Créditos: Lusa)

MIGUEL A. LOPES

Salvio jogou e fez jogar, marcou e deu a marcar. Argentino foi decisivo no triunfo encarnado (Créditos: Lusa)

MIGUEL A. LOPES

Com a estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões frente ao gigante Bayern aí à porta, era de prever que Rui Vitória poupasse algumas peças preponderantes no esquema tático encarnado. Vlachodimos, Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa e Cervi ficavam na bancada, com Svilar, Conti, Yuri Ribeiro, Alfa Semedo e Rafa a ocuparem os seus lugares no onze.

Ficha de jogo

Mostrar Esconder

Benfica-Rio Ave, 2-1

1.ª jornada do grupo A da Taça da Liga

Estádio da Luz, Lisboa

Árbitro: Rui Oliveira (AF Porto)

Benfica: Svilar; André Almeida, Conti, Jardel, Yuri Ribeiro; Alfa Semedo (Samaris, 61′), Pizzi (Gabriel 70′), Gedson; Salvio, Rafa e Seferovic (Castillo, 85′)

Suplentes não utilizados: Bruno Varela, Lema, Zivkovic e João Félix

Treinador: Rui Vitória

Rio Ave: Léo Jardim; Junio Rocha, Borevkovic, Buatu e Afonso Figueiredo; Jambor, Schmidt e Diego Lopes; Gabrielzinho (Damien, 70′), Galeno (Gelson Dala , 75′) e Vinicius (Bruno Moreira, 84′)

Suplentes não utilizados: Paulo Vítor, Miguel Rodrigues, Matheus Reis e Tarantini

Treinador: José Gomes

Golos: Salvio (g.p., 21′), Rafa (50′) e Vinicius (60′)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Alfa Semedo (12′), Salvio (35′), Galeno (38′), Gabrielzinho (52′), Samaris (79′) e Buatu (90+3′)

E com as trocas de peças, não são só os nomes que mudam, mas também a dinâmica: principalmente se o objetivo for voar até à vitória com as asas desequilibradas. O mesmo equivale a dizer que, à entrada para o jogo, era fácil antever um Benfica mais dinâmico e rotinado pelo flanco direito (com Salvio e André Almeida, habituais titulares) do que pelo corredor esquerdo (ocupado por Rafa e o estreante Yuri Ribeiro).

E foi o que aconteceu durante quase toda a partida, até ao momento em que as duas asas se cruzaram – muito por mérito de Salvio, que jogou e fez jogar, marcou e deu a marcar – e o equilíbrio pareceu restaurado, não fosse o Rio Ave abanar tudo novamente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Valeu ao Benfica a inspiração de um argentino que começou na direita, marcou da marca de grande penalidade e foi até ao meio fazer a diferença, para ultrapassar um Rio Ave capaz de ter a bola no pé e que nunca se deu por vencido.

Com tanta alteração em ambas as equipas, não foi de estranhar ver um início de jogo equilibrado, com dez minutos iniciais bem disputados e equilibrados. Galeno foi o primeiro a mexer na partida e obrigou Svilar a afastar a bola com uma palmada, antes de Seferovic obrigar Léo Jardim a uma intervenção notável que impediu o suíço de inaugurar o marcador de cabeça.

Com o passar do tempo, o Benfica ia impondo o seu jogo, colocando a bola no chão e procurando a velocidade de Salvio e Rafa nos flancos. Numa das diagonais do argentino para o meio, Pizzi fez um passe a rasgar e viu o extremo atirar para as mãos de Léo Jardim. Era apenas um aviso para o que aí viria: Seferovic foi derrubado no interior da área por Gabrielzinho, Rui Oliveira ainda hesitou, mas apitou para o castigo máximo, e Salvio, na conversão, não perdoou. 

Estava feito o 1-0 para a equipa da casa, que aproveitava um erro adversário para se colocar na frente do marcador e assim ganhar segurança e conforto, algo que parecia faltar nos primeiros 20 minutos. E mal a partida recomeçou, uma ideia ganhou forma: o Benfica não estava contente com o primeiro golo e queria acelerar para chegar ao segundo.

Mas o conjunto encarnado, embora a velocidade imposta nem fosse de cruzeiro, assemelhava-se por vezes a um avião com uma asa maior do que a outra. Resultado: invariavelmente tombava para um lado. Olhando para o flanco direito dos encarnados, via-se André Almeida e Salvio, habituais titulares rotinados e em forma neste início de temporada; no flanco oposto, Yuri Ribeiro estreava-se no lugar do veloz Grimaldo e Rafa ocupava a posição de Cervi, ágil desequilibrador em evidência no conjunto de Rui Vitória.

Sem grandes surpresas, era a asa direita dos encarnados, mais rotinada e com boas combinações, a desequilibrar a defesa vila-condense, com Rafa e Yuri Ribeiro (que até jogava contra a equipa que representou na temporada passada) a terem dificuldades para fazer o mesmo no flanco oposto.

E de onde saiu a última oportunidade do Benfica na primeira parte? Da direita, pois claro. Combinação no flanco, com Salvio a ganhar a linha de fundo e a cruzar atrasado para a entrada de Gedson Fernandes, que atirou ao lado do alvo, ficando a centímetros de levar os encarnados para o descanso com dois golos de vantagem.

À entrada para o segundo tempo, o Rio Ave podia agarrar-se a um dado estatístico positivo e pouco comum em formações visitantes no Estádio da Luz: dominava a posse de bola, com 56%. É verdade que, com ela, pouco perigo conseguiu criar, mas ter bola é o primeiro passo para a introduzir dentro das redes; restava a José Gomes arranjar forma de os seus jogadores fazerem algo melhor com ela, tendo a história a jogar contra si — em 13 vezes que saiu para o intervalo a perder contra o Benfica na Luz, apenas por uma não acabou derrotado.

Mas o técnico de Vila do Conde não podia ter visto os seus planos saírem mais furados: aos 50′, Salvio conduziu um contra-ataque rápido dos encarnados, fletiu para o meio e serviu Rafa, solto e descaído para a esquerda, com o português a atirar para nova celebração nas bancadas da Luz. 

Era o 2-0 para os encarnados, com o avião a funcionar em pleno, num lance iniciado na asa direita e finalizado na esquerda, com Rafa, contrariando quem o critica por falta de eficácia, a começar a segunda parte com um fôlego não visto durante toda o primeiro tempo.

Mas seria sol de pouca dura, já que o Rio Ave demoraria apenas dez minutos a reduzir e a relançar a partida, com Vinicius, avançado brasileiro emprestado pelo Nápoles (foi o segundo melhor marcador da II Liga na temporada passada ao serviço do Real Massamá), a aproveitar um cruzamento atrasado de Galeno para bater Svilar e deixar o resultado final do encontro em aberto.

Rui Vitória respondeu com a entrada de Samaris para o lugar de Alfa Semedo e a estreia do reforço Gabriel, que substituiu Pizzi, tentando dar frescura e consistência ao meio-campo encarnado. E por pouco que não apareceu o terceiro golo do Benfica, pouco depois, com Seferovic a ficar a centímetros do desvio certeiro, evitado por um corte providencial de Júnio Rocha.

Gelson Dala, entrado para o lugar do lesionado Galeno, tentou ter impacto no jogo e empatar, mas o remate forte do angolano terminou nas mãos de um seguro Svilar, que nada podia fazer, na última oportunidade da partida, não fosse o desacerto de Bruno Moreira: o avançado português apareceu ao segundo poste e cabeceou de cima para baixo como mandam as regras, mas a bola subiu demasiado depois de ressaltar no chão e passou por cima do alvo.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora