Uma dezena de associações sindicais de professores vão, esta sexta-feira, entregar o pré-aviso da greve para a primeira semana de outubro para pressionarem, mais uma vez, o Governo a contabilizar o tempo de serviço que perderam quando as carreiras estiveram congeladas. Os docentes reclamam ainda mudanças nos horários de trabalho e na aposentação. Durante os primeiros quatro dias de outubro, os docentes vão parar por regiões. Dia 1 a greve afetará Lisboa, Setúbal e Vale do Tejo e, no dia seguinte, Algarve e Alentejo. Dia 3 de outubro, o protesto será na região centro e no último dia chega ao Norte e aos Açores.
No comunicado enviado esta quarta-feira, as organizações sindicais exigem que o Governo “respeite a Assembleia da República”. E que possa negociar com os professores a recuperação de todo o tempo de serviço cumprido. Nas contas dos docentes,” +o governo, de forma intransigente, tem recusado contabilizar os 9 anos, 4 meses e 2 dias de atividade desenvolvida pelos docentes nos períodos de congelamento das carreiras”, o que significa apagar seis anos e meio de serviço.
Os profissionais do setor reivindicam ainda mudanças nos horários de trabalho e na aposentação — alterações estas que os professores acusam o Governo, mais concretamente o Ministério da Educação, de nem sequer negociar. “Relativamente ao reposicionamento na carreira continua sem se saber quando será concretizado e quanto à redução dos níveis de precariedade que afetam os docentes as medidas que têm sido tomadas pelo Ministério da Educação ficam muito aquém das necessidades das escolas e do direito dos docentes à estabilidade no seu exercício profissional”, lê-se.
Os sindicatos — ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU — vão entregar o pré-aviso em mão no Ministério da Educação esta sexta-feira, pelas 11h00.