Sébastien Ogier é um bom piloto de ralis, mas é tão rápido quanto problemático. E isso faz com que o francês tenha uma vantagem e um inconveniente face aos restantes pilotos. Por um lado, é mais rápido e faz menos erros, o que é fundamental para o campeonato, por outro, é polémico e exige ser tratado quase como se fosse o super-homem.

Ogier fez escola nas equipas para jovens da Citroën e, quando chegou à equipa principal, queria ser ‘o rei’. Porém, esse lugar estava na altura ocupado pelo seu antecessor, o outro Sébastien (Loeb), que para cúmulo provou ser mais rápido em 90% (seriam 99%) dos ralis do mundial.

Ogier decidiu então tornar-se independente e foi pregar noutras freguesias, assinando pela Ford, uma equipa semi-privada ou semi-oficial, o que funcionou durante uns tempos, quando as equipas oficiais não tinham um esquema devidamente organizado. Mas isso finalmente aconteceu e Ogier, que em 2018 já percebeu que não tem possibilidades de bater os pilotos da Hyundai e está convencido que, para o ano, se continuar na Ford, perderá para a Hyundai ou Toyota, decidiu dar o salto para única equipa oficial em que há um lugar para acomodá-lo.

Assim, não é de estranhar que Ogier tenha assinado pela Citroën, para conduzir o C3 WRC na época de 2019 e seguintes, o que resolve o problema da marca francesa, que continuava sem encontrar um piloto que conseguisse ser rápido e, simultaneamente, manter o carro na estrada.

Vamos ver como corre a época, porque a situação é a seguinte: ou Ogier é campeão com a Citroën – o que, no entender do piloto, se deverá apenas às suas qualidades – ou perde, o que prova (na perspectiva de Ogier) que o C3 WRC é muito inferior aos rivais…

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