A sétima geração do Série 3 cresceu em todos os sentidos: o sedan bávaro acaba de ser mostrado (oficialmente) no Salão de Paris, isto depois de ontem ter sido exposto antes de tempo, devido a um descuido com o configurador.
Agora que caiu o pano sobre o grande rival do Classe C, somos levados a crer que a Mercedes tem (algumas) razões para ficar preocupada. Isto porque a BMW apostou forte nesta nova geração da sua berlina do segmento D, cujo lançamento no mercado está desde já agendado para Março do próximo ano, a partir de dia 9.
Quando chegar aos concessionários, o novo Série 3 vai exigir um pouco mais de espaço: 4,71 m de comprimento (mais 76 mm) e 1,83 m de largura (mais 16 mm), com a altura a permanecer inalterada (1,44 m), enquanto a distância entre eixos foi dilatada em 41 mm, em prol da habitabilidade.
Esteticamente, mantêm-se as linhas básicas de um sedan que se pretende desportivo, tornando-se evidente que a grelha duplo rim está maior, para reforçar a agressividade. Isto enquanto os faróis seguem a linha do Série 5, sendo que nas versões sem o pacote M (desportivo) as luzes diurnas encontram-se integradas no pára-choques dianteiro.
Assente na CLAR, a plataforma modular da BMW, o novo Série 3 reinvindica um Cd de apenas 0,23 (antes 0,26), tendo sido submetido a uma dieta que o levou a perder 55 kg. E, como se isso não bastasse, a marca anuncia 50% mais de rigidez do que na geração precedente.
Com uma distribuição de peso perfeita (50/50 sobre cada eixo), o compacto de Munique estreia amortecedores que nunca dantes a BMW usou, com o fabricante a assegurar que só isto contribui grandemente para assegurar a desportividade do modelo, sem contudo comprometer o conforto a bordo, na medida em que a força do amortecimento varia consoante as condições do piso e a velocidade adoptada.
No interior, conforme referido, há ganhos em termos de habitabilidade. Segundo a BMW, à frente há mais espaço para os cotovelos e para os ombros, enquanto os assentos posteriores prometem acomodar mais facilmente ocupantes de maior estatura, oferecendo mais espaço para as pernas de quem se senta atrás. Já na bagageira não houve ganhos, com a volumetria da mala a continuar fixada nos 480 litros. A juntar a isto, a tónica recai na tecnologia, o que se evidencia de imediato com a enorme superfície ocupada por displays, no caso do BMW Live Cockpit Professional. Escolhendo este opcional, no prolongamento do painel de instrumentos digital (12,3 polegadas) encontra-se um ecrã de 10,3” que serve de porta de entrada para o sistema de infoentretenimento, podendo ser operado por voz, gestos ou toque. Mas, mais interessante será o assistente pessoal da BMW, uma espécie de mordomo virtual que cada um pode baptizar como quiser e que tem por missão facilitar a vida do condutor, aumentando a produtividade e o entretenimento a bordo.
Os sistemas de assistência à condução são mais que muitos, logo de série, mas certamente o que mais impressionará são as “habilidades” dedicadas ao estacionamento e às manobras de marcha-atrás. O melhor é ver:
No capítulo das motorizações, no lançamento haverá seis opções, a gasolina e diesel, com potências entre os 150 e 265 cv. Lá mais para frente, mas ainda no decorrer de 2019, será lançada a versão mais desportiva M340i, com suspensão própria, tracção integral e diferencial M-Sport, cujos créditos ficarão entregues ao 3,0 litros de 374 cv. Prometida está ainda uma versão híbrida plug-in (330e), com 292 cv e uma autonomia de 60 km em modo eléctrico, que será igualmente apresentada em 2019.
