A Procuradoria Geral da República negou esta terça-feira em comunicado que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, seja arguido há quase um ano no chamado caso dos emails, em que se investigam crimes de corrupção desportiva, como foi avançado pelo jornal Correio da Manhã. E esclareceu que o único arguido do processo é Paulo Gonçalves, ainda diretor jurídico da SAD benfiquista.

O jornal refere que existe uma certidão no processo do E-Toupeira que indica que, além do líder benfiquista, o seu braço direito, Paulo Gonçalves (também arguido no e-toupeira), o comentador benfiquista Pedro Guerra e o ex-árbitro de futebol Adão Mendes são igualmente arguidos no caso dos emails. Num primeiro momento, a PGR fez saber que “neste momento, o referido inquérito tem um arguido constituído, não sendo nenhuma das pessoas mencionadas na notícia”, mas acabou por corrigir a informação: “Neste momento, o referido inquérito tem um arguido constituído, trata-se de Paulo Gonçalves”.

No processo do e-toupeira, cujos advogados pediram agora a abertura de instrução, o Ministério Público acredita que os funcionários judiciais constituídos arguidos consultavam informação sobre os processos-crime que corriam contra os vários clubes a Paulo Gonçalves. Em troca recebiam camisolas e lugares cativos no estádio para assistirem aos jogos.

No caso dos emails, investiga-se a pressão exercida sobre alguns árbitros para alegadamente favorecerem o Benfica.

Luís Filipe Vieira é arguido no âmbito do processo Lex, que envolve o juiz Rui Rangel.

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