Durante o mês de outubro, os períodos de urgência de 24 horas no Hospital Amadora-Sintra terão apenas dois médicos anestesistas escalados para responder às solicitações dos serviços disponibilizados pelo hospital, denuncia o Sindicato Independente dos Médicos. Segundo a mesma fonte, o hospital tem neste momento menos de metade dos anestesiologistas necessários.

Os médicos do serviço de anestesiologia consideram que as atuais condições “ultrapassam os limites mínimos de segurança aceitáveis para o tratamento dos doentes críticos que diariamente a ele recorrem”. Os anestesistas escalados em cada turno têm de dar resposta aos serviços de Reanimação Intra-Hospitalar, Bloco Operatório, Bloco de Partos, Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica urgentes, incluindo Via Verde Coronária, técnicas de Pneumologia, TAC (tomografia axial computorizada) e Gastroenterologia, e colheita de órgãos.

Um terço das urgências de obstetrícia do Amadora-Sintra não cumpre mínimos

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O sindicato acusa a administração do hospital de não garantir a abertura regular de vagas para contratação de médicos da generalidade das especialidades, incluindo a anestesiologia, mas não só. Em agosto, foi reportada a falta de médicos na especialidade de Obstetrícia e Ginecologia.

O sindicato exige assim a “contratação imediata de médicos especialistas, com reposição do número mínimo necessário para a prestação adequada de cuidados de anestesiologia a 550 mil utentes” e critica a pressão do hospital para que os médicos anestesistas ultrapassem as 200 horas extraordinárias previstas por lei.

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