Entrar na família real implica respeitar uma série de obrigações e códigos a seguir, como nunca vestir preto ou nunca abandonar um evento real antes da rainha. A segurança também é fundamental. Kate Middleton e Meghan Markle, por exemplo, nunca mais vão ter um dia “normal” ou fazer coisas banais como qualquer pessoa faz — comprar uma revista na bomba de gasolina? Beber um café a meio da manhã? Provavelmente não vai dar. Porque vivem acompanhadas 24 horas por dia.

Recentemente, Meghan Markle interrompeu uma visita a um mercado em Suva, a capital das Ilhas Fiji, devido a preocupações de segurança e dificuldade em controlar a multidão. E à sua frente ia o seu guarda-costas que é, afinal, uma mulher. E não é a única. Kate Middleton e Camilla Parker-Bowles também têm guarda-costas femininas.

Porquê mulheres?

Em Janeiro deste ano, o jornal britânico The Sun escrevia que a equipa de segurança da família real procurava um guarda-costas para acompanhar Meghan e que, tal como Kate Middleton, preferia que fosse uma mulher. Depois de ficar noiva do príncipe William em 2010, Kate passou a andar acompanhada por uma guarda-costas da polícia, a sargento Emma Probert de 45 anos e membro do Pelotão de Proteção da Scotlan Yard. Probert é especialista em artes marciais e carrega uma pistola Glock de 9mm e uma arma de choque taser em todos os momentos em que está com Kate.

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Porquê uma mulher? Porque é mais fácil as duquesas criarem uma relação de confiança com guarda-costas mulheres. Kate tornou-se muito próxima da sargento Probert ao longo dos anos e o mesmo se espera que aconteça com Meghan.

As relações que se constroem com os guarda-costas

Só agora, após o incidente nas ilhas Fiji, é que a guarda-costas de Meghan ganhou atenção, embora já esteja a trabalhar para os Duques de Sussex há alguns meses e tenha acompanhado Meghan nesta tour real aos países do sul do Pacífico. Esta súbita popularidade trouxe para a discussão nos media britânicos as relações que os membros das famílias reais constroem com os seus guarda-costas com quem, ao fim e ao cabo, passam grande parte do dia.

A relembrar está o memorável casamento da princesa Stephanie do Mónaco com Daniel Ducret, o seu guarda-costas, em 1995. E enquanto estudava na universidade, o príncipe Carlos esteve constantemente acompanhado pelo guarda-costas, que vivia nas instalações e acompanhava o futuro rei de Inglaterra às aulas. Muito foi debatido se o guarda-costas poderia ou não fazer os exames e tirar o mesmo curso, uma vez que assistiu a todas as aulas. E chegou a dizer-se que teria acabado o curso com uma média alta. Mas a universidade em questão veio desmentir este mito alegando que, embora o guarda-costas tivesse morado num quarto no Trinity College e assistido às mesmas aulas de Carlos, nunca tinha feito os exames.

O próprio príncipe George, de apenas cinco anos, tem uma equipa de segurança que o acompanha até durante o seu dia na escola. Esta preocupação pode parecer extrema — imaginar seguranças dentro de uma sala de aula da pré-primária é bizarro — mas não é exagerada. Em junho deste ano, um homem confessou-se culpado de planear vários ataques terroristas no Reino Unido, incluindo um na escola primária do príncipe George.

Camilla Parker-Bowles também tem uma guarda-costas feminina e, em 2016, durante a sua visita de três dias aos Emirados Árabes Unidos, contratou uma equipa de cinco seguranças mulheres que faziam parte da equipa de proteção do presidente dos Emirados. Treinadas em artes marciais, as cinco mulheres estiveram sempre armadas por baixo dos seus hijabs para poderem atuar de imediato no caso de um ataque a Camilla, que estava a fazer uma visita real para promover a tolerância religiosa e as mulheres na liderança.

O que se sabe sobre a guarda-costas de Meghan Markle

O jornal britânico Daily Mail escreve que o nome da guarda-costas ainda não foi tornado público por razões de segurança, mas que já trabalha com Meghan e Harry há alguns meses, tendo vindo substituir o sargento Bill Renshaw, o antigo chefe de segurança do príncipe, que se reformou. E esta guarda-costas recebeu formação da sargento Emma Probert, a gente que acompanha Kate Middleton desde 2010.

Aparece sempre discreta ao lado de Meghan, quase como se fosse uma amiga ou alguém do séquito real, e veste-se sempre de forma elegante (para uma polícia em trabalho), de saltos altos mas armada por baixo da roupa.

A guarda-costas de Meghan Markle durante a visita real na Austrália. Fotografias de Twitter.

Um ex-membro da unidade da Scotland Yard, responsável pela proteção real, disse aos jornais que foi o príncipe Carlos a sugerir guarda-costas femininas para todas as mulheres da família real britânica, para que “nenhuma fosse comprometida de forma alguma”. Resta saber se a decisão estraá relacionada com o facto de Diana se ter aproximado demasiado do seu guarda-costas Barry Mannakee, em 1985 e 1986. Mais tarde, Diana afirmou que Mannakee foi o seu grande amor e que foi assassinado por estarem apaixonados.