Alberto II, o rei que abdicou do trono belga em 2013, terá de ceder uma amostra da sua saliva para se comprovar se é ou não o pai da artista belga Delphine Boël, que alega ser fruto de uma relação extraconjugal que o rei alegadamente teve durante a década de 60.

Por ordem do tribunal, Alberto II, de 84 anos, tem três meses para entregar esta amostra do seu ADN. Caso haja parentesco, Delphine terá legalmente direito a partilhar a herança de Alberto II com os três príncipes da monarquia belga, filhos do casamento de Alberto II com a rainha Paola.

Os advogados de Boël, segundo o The Guardian, afirmam que “ainda não sararam as feridas que o rei Alberto deixou (em Delphine) quando negou a paternidade”. Alberto tem negado a reivindicação de paternidade desde que esta foi feita pela primeira vez há mais de uma década.

No dia em que o filho do rei Leopoldo III abdicou do trono por motivos de saúde, em 2013, a baronesa Sybille de Selys Longchamps, mãe de Delphine Boël, falou publicamente pela primeira vez sobre o alegado caso com o rei durante uma entrevista televisiva. “Eu achava que não podia ter filhos porque tinha tido uma infeção. Nós não tomámos precauções”, disse nessa entrevista, citada pelo The Guardian. A relação extraconjugal terá durado entre 1966 e 1984. Delphine Boël nasceu a 22 de fevereiro de 1968.

Alberto já antes admitiu que ele e a mulher passaram uma por uma dura crise matrimonial nos anos 1970, mas nunca reconheceu ter tido um filho fora do casamento. Há cinco anos que a artista belga Boël procura reconhecimento oficial de que é filha daquele que foi rei dos belgas durante 20 anos.

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