A AFP avançou, esta quinta-feira, que o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, solicitou asilo político às autoridades da Bélgica em junho passado, dias antes de a justiça do seu país ter emitido uma ordem de prisão para o deter. Correa foi acusado de orquestrar um rapto ao seu adversário político Fernando Balda, em 2012, e refugiou-se na Bélgica, onde mora com a família desde 2017.

Esta solicitação foi conhecida horas depois de o ex-presidente ter sido chamado pela justiça equatoriana para prestar declarações sobre o seu suposto envolvimento no caso.

Na audiência, que durou três horas, Correa negou qualquer implicação no caso e acusou o seu vice-presidente e atual chefe de estado, Lenín Moreno, de orquestrar um complô contra si.

Equador emite mandado de detenção contra ex-Presidente Rafael Correa

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Entrevistado pela AFP, Correa reiterou ser vítima de perseguição política. “Como não podem nos derrotar nas urnas, procuram de derrotar com essas desculpas tremendamente graves. É uma perseguição política”, referiu.

De acordo com o jornal El Comercio, a solicitação de asilo terá acontecido a 25 de junho e as autoridades belgas estarão a analisar o pedido desde agosto. Ainda de acordo com a publicação, Correa já foi chamado para defender o pedido de asilo no final do último verão. 

Na Bélgica, país onde realizou parte dos seus estudos universitários e de onde é originária a sua mulher, há dois tipos de proteção internacional: estatuto de refugiado ou “proteção subsidiária”, avança ainda a mesma publicação. O último dos tipo de asilo é atribuído a pessoas cujo regresso ao seu país de origem representa um risco real de danos graves.