A polícia do Novo México mandou parar um veículo porque, alegadamente, os ocupantes circulavam sem cinto de segurança. Sucede que, depois da ordem da autoridade, os agentes tiveram de lidar com dois jovens que se recusavam a obedecer.

Depois de 15 minutos a “bater bolas”, entre os polícias e o condutor, Phillip Page, com a sua amiga, Angela Fischer-Herrera, a filmar tudo com o seu telemóvel, eis que os agentes perderam a paciência: ou o condutor abria a porta e saía ou eles partiriam o vidro para retirá-lo à força do veículo. A última opção é a que se vê nas filmagens.

No vídeo, os jovens surgem com o cinto de segurança posto, o que não faz prova de que estavam a usá-lo quando foram mandados parar, como alega a polícia, sendo que os agentes afirmam ter solicitado a identificação 14 vezes e feito o ultimato “ou abre a porta ou partimos o vidro” pelo menos oito vezes. Sem sucesso. O vídeo poderá não espelhar esta realidade, dado que é feito (e divulgado) pelos acusados, não sendo público se a polícia possui igualmente um registo integral do sucedido.

O chefe da polícia do Novo México Pete Kassetas afirmou que Page “poderia ter evitado o incidente se tivesse obedecido às ordens dos agentes”, admitindo que “após um determinado período em que o condutor não cumpre o que lhe é pedido, é necessário fazer qualquer coisa”. Partir o vidro para retirar o prevaricador será uma dessas “coisas”.

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A troca de galhardetes entre os polícias e os jovens começou bem para estes últimos, mas acabou menos bem. Ambos foram presos, por circularem sem cinto, resistirem à prisão, recusarem-se a obedecer às ordens de um agente, evitarem identificar-se e por terem realizado uma chamada para o número de emergência (911 nos EUA) sob falso pretexto.

O vídeo, onde surge Angela a pedir para não partirem o braço de Phillip quando era arrastado para fora do carro (o que não aconteceu), foi posteriormente publicado no Facebook. O facto de se ter tornado viral (aparentemente) não lhes serviu de muito, pois as acusações de que são alvo mantêm-se.