Depois das muitas críticas e acusações de Donald Trump a Hillary Clinton, durante a campanha e já como presidente, a sua filha e conselheira na Casa Branca, Ivanka Trump, terá usado o seu email pessoal para enviar centenas de mensagens onde discutia assuntos oficiais da Casa Branca durante o ano passado.

Entre as mensagens enviadas pela filha do presidente, que tem um cargo oficial na Casa Branca, através do seu email pessoal estarão contactos com responsáveis governamentais.

Esta terça-feira, o Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes anunciou que irá investigar o caso. O representante democrata Elijah E. Cummings explicou em comunicado que a investigação do comité envolverá membros tanto do Partido Democrata como do Partido Republicano, mas acrescentou que a Casa Branca não forneceu a documentação que lhe foi pedida.

“Precisamos desses documentos para garantir que Ivanka Trump, Jared Kushner [genro do Presidente] e outros representantes estão a cumprir as leis de registos federais e que já um registo completo das atividades desta administração”, declarou Cummings, citado pelo Washington Post.

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Segundo a televisão norte-americana CBS, a Casa Branca garante que nenhuma das mensagens enviadas por Ivanka Trump através do seu servidor pessoal contêm informação confidencial e o que terá acontecido terá sido uma perceção errada das regras pela filha do presidente. Depois de alertada para a situação, Ivanka Trump terá deixado de usar o seu email pessoal.

As regras determinam que os emails têm de ser enviados através do email oficial do governo que é dado a cada um dos empregados, e que caso isso não aconteça, os emails têm de ser entregues num prazo de 20 dias para que sejam mantidos os registos. Não é claro se a filha do presidente cumpriu estas regras.

A questão surge depois de Donald Trump ter acusado a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton de ter colocado os Estados Unidos em risco por ter usado o seu email pessoal durante o período em que era a chefe da diplomacia norte-americana.

O presidente dos Estados Unidos disse mesmo que este era um escândalo maior que o Watergate – em referência ao esquema de vigilância de Richard Nixon e do seu círculo próximo aos seus adversários políticos e que acabou com Nixon a afastar-se da presidência. Donald Trump criticou o Departamento de Justiça por não avançar com uma acusação contra Hillary Clinton e defendeu várias vezes que esta devia ter sido presa por esta conduta.