A assembleia-geral de participantes da Herdade da Comporta aprovou hoje a venda dos ativos da propriedade ao consórcio Amorim/Vanguard, revelou à Lusa fonte do agrupamento. O negócio envolve o pagamento de 158 milhões de euros pelos ativos, valor oferecido pelo consórcio e que supera a proposta inicialmente feita de 156,4 milhões. Numa declaração enviada às redações, a CEO da Amorim Luxory, Paula Amorim, destacou o “empenho e sentido de responsabilidade” da sua empresa ao longo do processo.

“A aprovação pela Assembleia Geral de Participantes da venda dos ativos da Herdade da Comporta ao consórcio em que estamos, ao lado da Vanguard Properties, é um passo decisivo num longo processo em que nos envolvemos com empenho e sentido de responsabilidade”, afirmou Paula Amorim.

Empenho, salienta, porque a empresa acredita “no potencial da Comporta e do país enquanto destino residencial e de turismo de qualidade”, bem como na capacidade empreendedora da Amorim Luxory para a desenvolver. E sentido de responsabilidade “porque é nossa firme intenção garantir esse desenvolvimento respeitando a comunidade local, a natureza e a tradição”.

Em 28 de outubro, a Gesfimo, entidade gestora da Herdade da Comporta, anunciou que tinha assinado um “contrato promessa de compra e venda” da propriedade com o consórcio Amorim/Vanguard, adiantou a sociedade em comunicado enviado à Lusa.

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“A Gesfimo — Espírito Santo Irmãos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA, na qualidade de entidade gestora do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, informa que assinou com o consórcio constituído pela Amorim Luxury SA e Port Noir Investments SARL [mais conhecido por Vanguard Properties], um contrato promessa de compra e venda de ativos que integram o património do fundo, no âmbito de um processo de venda assessorado pela Deloitte”, lê-se no comunicado.

O novo projeto — que poderá envolver a mudança de nome da Herdade da Comporta — deverá contar com hotéis, vilas e condomínios e um vasto número de iniciativas de apoio às comunidades, centros de arte, cultura e design, e centros de saúde e bem estar para atividades de relaxamento e detox. Há ainda planos para incluir academias desportivas de golfe, ténis e padel, comércio e restauração, bem como um museu e uma igreja.

“Hoje é, sem dúvida, um dia muito importante para a Amorim Luxury na sua estratégia de crescimento e posicionamento enquanto marca portuguesa Hoteleira e de Lifestyle da mais elevada qualidade internacional”, reagiu ainda a CEO da Amorim Luxory.

Paula Amorim diz que a empresa acredita “incondicionalmente num modelo de desenvolvimento que garanta a sustentabilidade da região, crie emprego”, e que traga “mais abertura a outras pessoas e realidades, investimento de qualidade” e qualificação dos espaços públicos.

“Num certo sentido a Comporta é de todos: porque cabe a todos contribuir para a sua preservação como lugar especial, único. É um exemplo de que temos condições para fazer bem e de forma diferenciadora. O novo futuro da Comporta começa agora”, conclui.