O movimento de enfermeiros que recolhe fundos para a greve prolongada em blocos operatórios angariou mais de 22 mil euros em menos de 48 horas para uma nova paralisação.

O objetivo desta segunda fase de recolha de fundos é alcançar 400 mil euros, indicou Catarina Barbosa, representante do movimento que se denomina “greve cirúrgica” e que conseguiu recolher os 360 mil euros para compensar os grevistas que cumprem a greve em blocos operatórios que dura há três semanas e se arrasta até final do mês.

Segundo a plataforma de Internet que gere a angariação da verba para uma nova fase da greve, que deve começar em janeiro, o movimento de enfermeiros conseguiu até às 12h00 desta quinta-feira 22.800 euros.

A “greve cirúrgica” dos enfermeiros, que se iniciou a 22 de novembro e termina a 31 de dezembro, está a decorrer nos blocos operatórios do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal.

Os enfermeiros têm apresentado queixas constantes sobre a falta de valorização da sua profissão e sobre as dificuldades das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde, pretendendo uma carreira, progressões que não têm há 13 anos, bem como a consagração da categoria de enfermeiro especialista. A paralisação foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).

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