Roberto Leal faz “a ponte, não apenas musical, mas humana” entre Portugal e o Brasil. As palavras foram de Marcelo Rebelo de Sousa para o cantor e transmitidas esta quarta-feira no programa “Agora Nós” da RTP, apresentado por José Pedro Vasconcelos e Tânia Ribas de Oliveira. O Presidente da República deixou uma mensagem de apoio a Roberto Leal, que recentemente revelou a luta contra um cancro há cerca de dois anos, e destacou também a relação Portugal-Brasil, tendo em conta que o cantor é luso-brasileiro e vive há vários anos em Portugal.

“Queria neste momento saudar com um grande abraço de amizade, acompanhando um período um pouco mais difícil na vida. Sobretudo saudar o papel ao longo de tantos anos na projeção da língua portuguesa, na projeção daquilo que é a música portuguesa e na ligação às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, em particular à ligação às comunidades brasileiras”, disse ainda Marcelo Rebelo de Sousa a Roberto Leal.

Numa mensagem curta, o Presidente da República referiu ainda que conhece o cantor “há já muitos anos” e sublinhou o seu papel que liga a cultura brasileira à cultura portuguesa, conseguindo, “nessa medida, tornar Portugal mais presente no Brasil“. “É o que tem feito Roberto Leal, é o que fez, é o que faz e o que vai continuar a fazer”, acrescentou.

O cantor, recorde-se, disse recentemente numa entrevista ao Domingo Show, da TV Record, que sofre de cancro na pele e que sentiu necessidade de se isolar para conseguir superar a doença, daí ter mantido o segredo durante tanto tempo. A dor que sentia, explicou, provocou “era maior do que tudo”. “Era uma dor que começava no final da minha coluna, que se estendia para a minha perna direita e adormecia a perna. Tinha horas em que eu não sentia do joelho para baixo”.

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Marcelo Rebelo de Sousa deu, na véspera de Natal, uma entrevista a Manuel Luís Goucha e ligou em direto esta segunda-feira para o novo programa de Cristina Ferreira. Em declarações à Lusa, o Presidente da República esclareceu que o telefonema foi feito para alcançar “um mínimo de equilíbrio”.

(Artigo atualizado 19h12 desta quarta-feira)