O Vox aceitou renunciar à revogação das leis de violência de género, de igualdade e dos LGBTI, de acordo com fontes próximas do PP citadas pelo El País. Segundo o mesmo jornal espanhol, PP e Ciudadanos aceitaram coligar-se com o Vox para retirar o PSOE do governo andaluz, depois de 36 anos de socialismo. O pacto fará também com que Juan Manuel Moreno Bonilla seja confirmado como o primeiro presidente da Andaluzia do PP.

O acordo foi alcançado depois de três intensas reuniões realizadas nas últimas 24 horas. A primeira, que durou mais de cinco horas, fez com que os populares acreditassem ser impossível alcançar o governo desta região no sul de Espanha, já que o movimento de extrema-direita apresentou 19 exigências que o PP qualificou como “inaceitáveis”. Esta manhã houve novo encontro entre as fações políticas e dessa conversa nasceu um documento alternativo que foi sendo negociado ao longo do dia, primeiro em Madrid e depois em Sevilha.

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Antes de se fechar o acordo com o grupo de extrema-direita, tanto os populares como o Ciudadanos já tinham fechado a sua negociação para formar Governo. Nessa proposta assinada pelos líderes regionais de ambas as forças políticas, Juan Manuel Moreno e Juan Marín ficou acordado que Moreno seria o presidente e Marín o seu více.

Uma das medidas incluídas nesta negociação a três partes (Vox, PP e Ciudadanos) é a redução para 11 no número de Consejerías (antigamente existiam 13). O documento prevê que as 90 reformas acordadas sejam inamovíveis, salvaguardando uma eventual exigência extra apresentada pelo Vox.

Em todo o caso, as propostas planeadas mostram que o plano de Pablo Casado em exportar o pacto andaluz para outros territórios, nas eleições municipais e autónomas de maio, será mais difícil do que inicialmente se esperava.