O CDS-PP criticou esta terça-feira o “silêncio ensurdecedor” do ministro da Administração Interna sobre os distúrbios dos últimos dias em Lisboa e acusou Eduardo Cabrita de ter deixado os polícias a ser “queimados em lume brando” das críticas.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, condenou os incidentes que afetaram vários concelhos do distrito de Lisboa e de Setúbal, com ataques a esquadras da PSP, e avisou que, se tiver havido excesso, que “não é um padrão das polícias portuguesas”, deve ser investigado.
Nuno Magalhães criticou e condenou com veemência os incidentes de segunda-feira, em Lisboa, que “puseram em causa a segurança” e até “o prestígio” para a imagem do turismo.
Além disso, o CDS-PP também condenou “veementemente ataques a esquadras” porque, “por muita razão que possa ter, num Estado de direito democrático, não é admissível ataques com cocktails molotov”, como aconteceu hoje de madrugada em Setúbal.
E o “mais extraordinário”, afirmou Nuno Magalhães, é o “silêncio ensurdecedor” do ministro da Administração Interna que “nada diz” sobre o que aconteceu com os distúrbios no Seixal, e queixas de excessos policiais, no domingo, contra moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, que se manifestaram na segunda-feira, no centro de Lisboa.
“Não vem dar uma única palavra à polícia, aos homens e mulheres que tutela, que ficaram sozinhos perante algumas opiniões irresponsáveis e incendiárias da parte do poder político, [ficaram] sozinhos a ser queimados em lume brando perante a opinião pública”, afirmou.