Pelo terceiro ano, o Observador apresenta-lhe os rankings das escolas com base no 3.º ciclo e no ensino secundário. Estas listas não lhe vão dizer quais são as melhores e as piores escolas, mas vão permitir perceber que escolas têm, em média, melhores notas nas provas finais de cada um destes ciclos de ensino e que escolas têm mais ou menos sucesso em conduzir os alunos ano após ano, sem chumbos.

Preparámos artigos com os melhores e os piores resultados para o 3.º ciclo e para o secundário, artigos que lhe apresentam escolas e as suas estratégias, ou que reúnem a opinião dos diretores sobre os resultados, e pode também consultar os rankings integralmente, por concelho ou por escola. Por agora, explicamos-lhe como é que o Observador, em parceria com a Nova School of Business and Economics (Nova SBE), tratou os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e preparou os gráficos.

Que tipos de rankings temos?

As listagens apresentadas pelo Observador têm em conta dois tipos de ordenação: uma baseada nas média dos exames de cada ciclo de ensino — provas finais no 9.º ano e exames nacionais no 12.º ano — e outra baseada nos percursos diretos de sucesso. Estes percursos de sucesso pressupõem que o aluno não tenha chumbado nos dois primeiros anos do ciclo de ensino e que consiga também nota positiva nos exames. Isto é: passar no 7.º e 8.º ano e ter nota positiva nas provas finais de 9.º ano; ou passar no 10.º e 11.º ano e ter nota positiva nos exames nacionais de 12.º.

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Assim, com os rankings baseados nos percursos de sucesso, os chumbos perdem pontos. Esta tabela tem ainda uma característica importante: só compara os alunos comparáveis, ou seja, os que tinham o mesmo perfil à entrada do ciclo, como a mesma nota no final do ciclo anterior ou as mesmas condições sócio-económicas.

Nas tabelas dos rankings dos percursos de sucesso vai poder encontrar dois indicadores: progressão dos alunos e promoção do sucesso escolar. A progressão dos alunos representa quão melhor ou pior determinada escola está em relação às escolas com as quais se pode comparar. Por exemplo, ter -15% significa que, quando comparada com as escolas equivalentes, aquela escola tem menos 15% dos alunos com percurso de sucesso do que a média das escolas que lhe são comparáveis. A promoção do sucesso escolar não faz a comparação com outros — indica apenas que percentagem de alunos, para cada ciclo de ensino em cada escola, completou o percurso direto de sucesso (sem chumbar no ciclo e com positiva nos exames).

Que escolas entram nos rankings?

Entram nas listagens criadas pela Nova SBE, as escolas que têm 3.º ciclo ou secundário (consoante o caso) e que tenham realizado um número mínimo de provas, que corresponderão, em média, a 20 alunos. Assim, consideraram-se as escolas do 3.º ciclo que tenham realizado pelo menos 40 provas finais no 9.º ano, ou seja, 1.140 escolas de um total de 1.240. E consideraram-se as escolas secundárias que tenham realizado pelo menos 80 exames nacionais, ou seja, 529 escolas de um total de 621.

Que alunos contribuem para os rankings?

Para a ordenação conseguida foram considerados todos os alunos internos do ensino regular das escolas consideradas que tenham realizado as provas finais e exames nacionais na primeira fase. No ranking do 9.º ano entram os alunos do ensino básico geral e dos cursos artísticos especializados que tenham realizado as provas finais de Português e Matemática e no ranking do 12.º ano entram os alunos dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário que realizaram exames nacionais nas disciplinas de Português, Matemática A, Física e Química A, Biologia e Geologia A, Geografia A, História A, Filosofia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Economia A e Geometria Descritiva A. Estas são as 10 disciplinas com maior número de exames.

Que outros dados foram recolhidos?

As listagens apresentam também outros dados de contexto sócio-económico dos alunos. Estes dados existem apenas para os agrupamentos de escolas públicas do continente. Não estão divididos por escola e não estão disponíveis nas escolas das ilhas ou nas escolas privadas.

Entre os dados de contexto mais relevantes para o sucesso dos alunos estão a percentagem de alunos que tem acesso aos apoios da ação social escolar e a habilitação académica das mães (média do número de anos de escolaridade completos pelas mães dos alunos — um dado que vários estudos apontam como tendo influência no desempenho escolar do aluno). Outros dados de contexto que também se podem ter em consideração são: as habilitações académicas dos pais, a percentagem de professores no quadro e as taxas de retenção.

O que pode pesquisar?

Se quiser navegar nos rankings completos pode pesquisar nas listas totais ou isolar cada um dos rankings disponíveis — exames e sucesso. Depois, pode procurar por escola, concelho, disciplina, no ensino público ou privado.

Se carregar sobre cada escola, tem acesso à informação completa sobre a mesma, como o lugar em cada um dos rankings, as médias das notas das provas e nota interna (nota dada pelo professor, sem ter integrada a nota dos exames), progressão dos alunos e promoção de sucessos escolares, médias por disciplina e dados de contexto.