Ninguém chega à maioria absoluta sozinho, portanto o governo espanhol que nascer das eleições de abril de 2019 tem de se fazer com geringonça à esquerda ou à direita. De acordo com a última sondagem do ABC/GAD3, PP (23,2%), Ciudadanos (15,7%) e Vox (10,8%) devem receber 49,7% dos votos. Os restantes 50,3% distribuem-se entre a esquerda e centro-esquerda, por PSOE (28,9%), Podemos (11,5%), ERC, CDC, PNV e Bildu.
Traduzidas as percentagens em representantes: a direita está a 3 deputados de ter a maioria do parlamento espanhol, e a oportunidade de reconquistar o governo. Em maio de 2018, o PP (liderado na altura por Mariano Rajoy) perdeu o governo para o PSOE de Pedro Sánchez após a aprovação de uma moção de censura no parlamento na sequência da crise da declaração de independência da Catalunha.
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Em relação às últimas eleições é digno de nota o crescimento de Vox (por 10,6 pontos percentuais) PSOE (6,2 pontos percentuais) e Ciudadanos (2,6 pontos percentuais). Em sentido contrário, diminuem o PP (em 9,8 pontos percentuais) e o Podemos (9,6 pontos percentuais). Mesmo em queda, o atual líder do PP, Pablo Casado, mostrou-se otimista, em declarações ao ABC: “Não tenho dúvidas de que serei presidente do governo”.
Com eleições à vista, Sánchez estende a mão a todos mas ninguém a aperta
Espanha tem eleições antecipadas a 28 de abril de 2019 depois de o Orçamento do Estado, o primeiro proposto pelo PSOE, ter sido chumbado no parlamento espanhol em fevereiro.