As tartarugas marinhas vão ser a primeira espécie a ter uma base de dados em Cabo Verde, a qual estará a funcionar no prazo de um ano, disse à agência Lusa o diretor da associação ambientalista Projeto Vitó — Fogo.

Esta associação foi uma das 16 organizações não-governamentais de todas as ilhas cabo-verdianas que participaram na 10.ª Reunião Nacional da Rede Nacional de Proteção de Tartarugas Marinhas de Cabo Verde — TAOLA, que decorreu desde terça-feira até esta quinta, na ilha do Fogo.

A elevada participação das organizações, aliada aos bons resultados na época de desova das tartarugas em 2018, “o melhor de sempre”, foi destacada pelo diretor da associação Projeto Vitó — Fogo, Herculano Dinis.

As organizações debateram a conservação das tartarugas marinhas em Cabo Verde, tendo concordado na necessidade de uniformizar a informação recolhida sobre esta espécie.

Essa informação irá contribuir para a base de dados nacional das tartarugas marinhas em Cabo Verde, o que significa que esta espécie será a primeira a ser alvo de um tratamento destes no arquipélago.

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Desta base constarão todas as informações sobre as tartarugas marinhas, como a nidificação, praias de nidificação, ninhos, mortalidade ou captura.

Em 2018, registaram-se 124 mil ninhos de tartarugas marinhas em Cabo Verde.

A razão para este aumento — o triplo em relação ao ano anterior — está ainda a ser estudada, mas uma das principais hipóteses prende-se com espécies que foram reintroduzidas há 20 anos e que agora voltam a Cabo Verde para desovar.