Este sábado, os opositores da nova diretiva para os direitos de autor proposta pela Comissão Europeia estão a sair à rua em protesto. Há já relatos fotográficos de manifestantes em cidades como Helsínquia e Hamburgo. Em Portugal, há uma manifestação agendada para as 17h em Lisboa, que tem como mote “Diz NÃO à máquina de censura da Internet”.

A nova diretiva dos direitos de autor proposta pela Comissão Europeia teve como objetivo criar novas regras na utilização da Internet que permitam a proteção dos direitos de autor dentro da União Europeia. Desde que foi aprovado em setembro, o diploma já teve várias emendas depois de ser discutido pela Comissão Europeia e pelo Conselho da União Europeia.

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Também a Google já criticou as diretrizes da Comissão Europeia, considerando que estas vão atrasar “a economia criativa e digital da Europa”. O inicialmente chamado artigo 13, agora artigo 17,  prevê filtros automáticos em vídeos de plataformas como o Youtube que tenham conteúdos protegidos por direitos de autor e poderá ser nefasto “para criadores e utilizadores” digitais, avisou a Google. Já o inicialmente chamado artigo 11, que exige que os agregadores de conteúdos paguem aos sites dos quais apresentam links, “prejudica publishers pequenos e emergentes e limita o acesso do consumidor a uma diversidade de fontes de notícias”.

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Porutgal “não se opôs à diretiva”, disse a ministra da Cultura, Graça Fonseca, que sublinhou que “a Internet não vai acabar”, ao contrário do que alguns detratores afirmaram. Uma das comunidades mais críticas é a comunidade de Youtubers portugueses, que alertou para os potenciais efeitos nefastos das novas diretrizes europeias. Wuant foi um dos Youtubers mais críticos e polémicos, sugerindo mesmo que a Internet “vai acabar” com as novas normas da Comissão Europeia.