Estava anunciada como a “hora do espetáculo” (it’s show time, em inglês) e foi. Esta segunda-feira, o Anfiteatro Steve Jobs abriu as portas pela terceira vez desde que o Apple Park — casa mãe da marca da maçã — foi inaugurado e, além dos rostos mais conhecidos da Apple, houve outros tantos que subiram ao palco: Steven Spielberg, Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell. A grande cartada de Tim Cook estava guardada para o fim: Oprah Winfrey, a estrela televisiva das “grandes histórias” encerrou o evento anual da Apple anunciando que terá dois documentários no novo serviço de streaming de TV da Apple, só com conteúdos próprios, o Apple Tv+.
Esperava-se que o evento desta segunda-feira desvendasse aquela que seria “a grande mudança estratégica” da Apple desde que o iPhone foi lançado — e também desvendou. Com um negócio estagnado a nível de gadgets — computadores, iPhone, iPad e Apple Watch–, Tim Cook mostrou que a gigante da tecnologia não quer passar ao lado daqueles que são os grandes fenómenos da economia atual, feito da subscrição de serviços e de streaming televisivo, e que está preparada para entrar pelos telemóveis e televisões dos consumidores adentro em novos formatos.
A Bloomberg escrevia este domingo que a tecnológica queria transformar-se num provedor de serviços digitais líder. Ainda sem dados e, nalguns casos, ainda sem se conhecerem os custos de adesão destes serviços, não sabemos se a Apple vai liderar o mercado em que está a Netflix, por exemplo, mas sabemos que Tim Cook apostou forte nos “serviços de classe mundial”, que farão com que os consumidores possam “enriquecer as suas vidas”.
As duas (não) surpresas que a Apple vai anunciar: uma TV em streaming e o Netflix das notícias
Depois de ter apresentado as grandes novidades a nível de hardware em setembro, Tim Cook apresentou esta segunda-feira, em Cupertino, nos Estados Unidos, uma Apple que é mais do que uma empresa de computadores, iPhone e iTunes — é uma Apple que quer chegar aos media, às finanças, aos videojogos, aos streaming em TV e à produção de conteúdos próprios. Estas são as cinco formas com as quais Tim Cook quer reinventar a Apple.
Apple News+ com mais de 300 revistas, Wall Street Journal e LA Times
A Apple News+ foi a primeira novidade apresentada por Tim Cook. “Quando criamos a Apple News, há três anos, quisemos dar aos utilizadores a melhor forma de ler as notícias”, procurando “priorizar a reputação e o conteúdo” em relação aos cliques que gera, explicou o presidente executivo. A Apple News é responsável pela leitura de 5 mil milhões de artigos por mês, tornando-se na maior aplicação de notícias do mundo, acrescentou.
“Adoro estar nos quiosques, rodeado por revistas, mas saio de lá e só posso levar uma ou duas. E se pudéssemos levar todas as que queríamos? É exatamente isso que vamos fazer”, anunciou, antes de apresentar pela primeira vez o Apple News+ — um serviço de subscrição de conteúdos noticiosos desenvolvido pela empresa, que inclui agora a subscrição de revistas. Tim Cook sublinhou a importância do jornalismo e mostrou um vídeo sobre o seu “impacto cultural e social”, mas focou-se apenas na disponibilização de revistas. O The New York Times já tinha avançado que não queria participar do serviço da Apple, bem como o The Washington Post.
No Apple News+ vão estar disponíveis mais de 300 revistas cobrindo “uma variedade de temas, da saúde ao automobilismo”, sendo “o único local onde é possível encontrar todas as revistas”, afirmou Roger Rosner, Vice-Presidente de Apps da empresa. O presidente de aplicações da Apple, Wyatt Mitchell, revela que os conteúdos disponibilizados pelas revistas serão preparados especificamente para a Apple News+, com capas em vídeos, infogramas e índices interativos.
“O design é uma parte tão importante das revistas que queríamos dar a cada revista a possibilidade de mostrar a sua própria essência”, explica Wyatt Mitchell, mostrando como o formato dos artigos se altera dependo do dispositivo, do ecrã de um iPhone para o de um iPad. “É a melhor ferramenta de leitura de revistas de sempre”, acrescentou.
A partir da app original da Apple News será disponibilizado um sistema de sugestões, que disponibiliza edições completas das revistas ou artigos individuais sobre o mesmo tema baseados nos interesses de cada leitor e as revistas podem ser descarregadas para leitura offline. Alem das revistas, Roger Rosner anuncia que serviços de notícias digitais, como o The Skimm ou o The Verge, e dois jornais — o LA Times e o Wall Street Journal — poderão ser subscritos no Apple News+.
O responsável explicou que, no Apple News, os anunciantes não poderão seguir os hábitos de leitura dos utilizadores, e que os serviços de recomendações serão desenvolvidos no próprio telemóvel, sem partilhar informações. A subscrição individual custaria 8 mil dólares por ano, diz Rosner, acrescentando que o Apple News+ custa 9,99 dólares por mês, podendo ser partilhado com toda a família sem custos adicionais. O AppleNews+ está já disponível com a nova atualização do iOS e o primeiro mês é de utilização gratuita. O serviço está disponível apenas nos EUA e no Canadá (incluindo mais 30 revistas e o jornal The Star), mas espera chegar ao mercado europeu (no Reino Unido) ainda este ano.
Tim Cook sublinha que a Apple quer “dar uma contribuição valiosa para a indústria do jornalismo e para os seus leitores”, criando um bom serviço para “publicações e leitores”.
Apple Card, um cartão de crédito online e offline sem custos de transações
“É a forma mais simples e segura de pagar, com um crescimento enorme”, afirma Tim Cook, que espera 10 mil milhões de transações no Apple Pay em 2019. Nos EUA, 70% dos pontos de retalho aceitam Apple Pay, afirma o presidente executivo. O serviço estará disponível em mais de 40 países até ao fim do ano e Tim Cook revela que pagar transportes públicos em Nova Iorque, Portland e Chicago vai ser possível através do Apple Pay já este ano.
“O Apple Pay tornou-se na forma preferida de pagar por quase tudo, mas nós queríamos mais, portanto decidimos mudar o cartão de crédito”, afirmou, momentos antes de anunciar o Apple Card, com o qual pretende simplificar as aplicações, eliminar os custos de transações, diminuir os juros e dar mais privacidade aos utilizadores de cartões de créditos. “O Apple Card foi criado baseado em princípios de simplicidade e privacidade”, afirmou Tim Cook.
A vice-presidente do Apple Pay, Jennifer Bailey, explica que a inscrição para o cartão de crédito no Apple Card se faz no iPhone, gerando um cartão digital que é aceite em “milhões de lojas físicas e online”. Os dados relativos aos gastos com o Apple Card estarão disponíveis na app do Apple Wallet.
Jennifer Bailey anuncia que o apoio ao cliente do Apple Card será feito por mensagens “como quem fala com um amigo”, que a Apple vai utilizar inteligência artificial e o Apple Maps para organizar e identificar todos os gastos do Apple Cards, evitando nomes desconhecidos de serviços nos registos de transações. Cada gasto é organizado em infogramas por categoria, indicando as tendências de gastos semana a semana.
O programa de prémios por utilização do Apple Card vai ser o Daily Cash, um sistema que substitui os pontos por utilização por “dinheiro real” — 2% de cada compra feita com um iPhone ou Apple Watch é devolvido, podendo ser utilizado noutras compras ou transferido para outras pessoas. Em compras feitas diretamente à Apple são devolvidos 3% dos gastos. A quantidade de Daily Cash paga pela Apple ao utilizador é ilimitada, explica Bailey.
Jennifer Bailey garante que este sistema quer “ajudar as pessoas a poupar nos juros”, oferecendo diferentes formas de pagamento das dívidas que mostram em tempo real o custo total de um pagamento. Da mesma forma, o Apple Card não vai cobrar qualquer taxa de atraso, anuidade, transferência internacional ou gasto acima do limite. “O nosso objetivo é tornar mais fácil pagar as dívidas, não aumentá-las”, reitera.
A Goldman Sachs vai ser o banco responsável pela emissão dos Apple Cards, colaborando com a MasterCard para que o Apple Card possua validade internacional.
Os dados do Apple Card são guardados num chip seguro no telemóvel, sendo cada transação autenticada por Touch ID ou Face ID. Os dados de gastos do utilizador não serão partilhados nem com a própria Apple, sendo a análise dos dados feita no próprio dispositivo do computador. A Goldman Sachs comprometeu-se em não partilhar os dados dos utilizadores da Apple Card para fins comerciais.
Jennifer Bailey garante ainda que a Apple tem uma solução para os locais em que o Apple Card digital não é aceite: um cartão de crédito físico em titânio sem qualquer indicação de número, CVV, data de validade ou assinatura. Os dados estão na aplicação da Wallet. As compras com o cartão dão 1% de Daily Cash. O Apple Card estará disponível nos EUA este verão.
Apple Arcade: serviço de subscrição mensal de videojogos com títulos exclusivos
“As aplicações mudaram a forma como nos ligamos, vivemos e divertimos”, diz o presidente da Apple, sublinhando que a empresa revê todas as aplicações que coloca na App Store. A loja de aplicação da Apple tem 500 milhões de visitas por mês e a maior categoria da App Stores são os videojogos, tornando “o iOS na maior plataforma para videojogos do mundo”. Mil milhões de pessoas já fizeram o download de um jogo da App Store, que disponibiliza 300 mil jogos (gratuitos e pagos).
A Apple considera difícil a competição entre jogos gratuitos (com lucros baseados na publicidade) e pagos. Para compensar isto, lançou o Apple Arcade, um serviço de subscrição mensal de videojogos “no espaço móvel, na sala de estar e no computador”. A Apple garantiu estar a colaborar diretamente com criadores para o desenvolvimento de videojogos para a plataforma e o serviço.
Já na semana passada, o Google tinha apresentado o Stadia, um também serviço de videojogos que podem ser jogados em qualquer plataforma (computador, TV, tablet ou smartphone) e que, por isso, elimina necessidade das consolas físicas na casa de cada jogador (como a Playstation, da Sony, ou a Xbox, da Microsoft). Estas novidades poderão ser uma revolução para a multimilionária indústria dos videojogos, numa altura em que a Sony e a Xbox estarão a poucos anos de lançar a próxima geração de consolas.
Google lança “Netflix dos jogos”. Stadia quer ser a revolução dos jogos sem consola
O Criador de Final Fantasy, Hironobu Sakaguchi, está entre os criadores recrutados pela Apple para desenvolver jogos exclusivos para a Apple Arcade. O projeto em específico não foi anunciado. O Apple Arcade vai disponibizar mais de 100 jogos novos e exclusivos que vão “elevar o que se espera de um videojogos móvel”. A Apple Arcade vai ser integrada na Apple Store, baseando-se num sistema de subscrição.
O Apple Arcade vai disponibilizar mais de 100 jogos novos e exclusivos que vão “elevar o que se espera de um videojogos móvel” e vai ser integrado na Apple Store, baseando-se num sistema de subscrição que disponibiliza os títulos num iPhone, iPad, iMac e Apple TV online e offline, sem anúncios nem “compras adicionais”. Estes videojogos também podem ser partilhados com toda a família, sem custos adicionais, além de que os pais podem controlar o tempo de uso dos filhos. Os jogos na Apple Arcade não poderão recolher dados dos utilizadores sem consentimento explícito. Sem preço anunciado, o Apple Arcade vai ser lançado na primavera em mais de 150 países.
Apple TV: mais de 150 serviços de streaming num só serviço
“Adoramos a televisão. A TV é mais do que entretenimento. É cultura”, diz Tim Cook. A Apple TV vai disponibilizar programas de mais de 150 serviços de streaming numa só aplicação, disponível em todos os dispositivos da Apple “para que possa passar menos tempo a procurar o que ver e mais tempo a vê-lo”. Serviços como o Spectrum, Direct TV, Optimum, Hulu, Playstation Bue e Fubo TV vão estar disponíveis num pacote na Apple TV, explica Peter Stern, vice-presidente de serviços.
Este serviço vai basear-se na compra de pacotes de programas e streaming específicos, que podem ser vistos online e offline e partilhados com a família. “Era assim que a TV devia funcionar. E agora funciona”. O Apple TV Channels, integrado na Apple TV, vai ter programas da HBO, Showtime, Starz e Comedy Central. Este novo serviço da Apple TV vai disponibilizar filmes “(Movies”), séries (“TV Shows”), canais de televisão (“Apple TV Channels”), eventos desportivos (“Sports”) e conteúdos infantis (“Kids”). A Apple também terá editores a criar listas de recomendações, aos quais se junta um algoritmo que cria sugestões baseadas nos hábitos de consumo de cada utilizador.
O Apple TV Channels permite que o consumidor subscreva um canal específico, como o Showtime, cujos conteúdos podem ser vistos no Apple TV — “Acabou o saltitar de app para app” — e vai ser possível ver eventos desportivos em direto, com a indicação de resultados e alertas para jogos importantes das equipas favoritas dos utilizadores. À semelhança do que já acontece no iTunes, também vai ser possível comprar ou alugar filmes. Sem o dizer diretamente, a Apple projetou dois programas originais não confirmados oficialmente: “The Patriot” e “Dickison”.
O espaço para crianças inclui programas clássicos (um spin off da “A Rua Sésamo”, por exemplo) e novos êxitos como a “Patrulha Pata”, sendo “um espaço seguro para explorar com os meus filhos”. A Apple TV fica disponível em iPhone, iPad e Mac, em formato de sincronização multiplataforma, em maio, para mais de 100 países, ao contrário dos 10 em que está presente atualmente. Novamente, a informação pessoal e os hábitos de consumo dos utilizadores não serão partilhados, garante a empresa.
Apple TV+: produções originais com “grandes histórias”, Oprah e Spielberg
Tim Cook garante que a Apple “tem ainda mais para dar à experiência da TV”, por ter “tentado tornar sempre o mundo um local melhor”. “Os nossos produtos ajudam as pessoas a mostrar a sua criatividade e a contar as suas histórias, a mudar o mundo e a alterar a nossa perceção deste”. E é desta forma que revela o Apple TV+, um serviço de programas originais desenvolvidos em parceria com “os melhores criadores do mundo”. O programa é coordenado por Jamie Erlicht e Zack Van Amburg.
Os novos serviços de TV da Apple: o que são, como funcionam e o que vão ter para mostrar
“As grandes histórias ligam-nos”, explica Zack Van Amburg, continuando: “As grandes histórias começam e acabam com os grandes artistas que as criam”. Steven Spielberg é um dos rostos do lançamento do Apple TV+, do qual também fazem parte o produtor e realizador J.J. Abrams e o realizador M. Night Shyamalan.
Steven Spielberg subiu ao palco do anfiteatro Steve Jobs para dizer o quão grato está por participar no Apple TV+: “Estou tão grato por estar aqui hoje, na Apple, no lugar para mudar o mundo”. Spielberg fala da primeira vez que contactou com a ficção científica, através da Amazing Stories — que lhe era lida pelo pai aos 5 anos — e é isso que vai fazer no Apple TV+: relançar a Amazing Stories como série, 93 anos após a criação da marca, na Apple TV.
Reese Witherspoon e Jennifer Aniston também estiveram no palco: “É uma honra anunciar o “The Morning Show” na Apple”, um programa que revela as dinâmicas de poder dentro dos programas de notícias matinais, entre as pessoas “em frente e atrás das câmaras”. Steve Carell entrou a meio da apresentação de “The Morning Show”, para anunciar que vai fazer representar uma personagem no programa.
O ator Jason Momoa, que entrou em “Guerra dos Tronos” e “Aquaman” subiu ao palco do anfiteatro com o ator Alfre Woodard. Estão a criar uma série de ficção científica após a quase extinção da espécie humana. Os sobreviventes perderam a visão no desastre e duvidam de que a visão seja sequer um sentido real, séculos depois do apocalipse. Não foram mostrados trailers ou teasers de quaisquer programas anunciados até agora.
O comediante Kumail Nanjiani também esteve no palco do anfiteatro onde contou a história da sua vida, em estilo de stand up. Através da própria história anuncia o “Little America”, uma “antologia baseada nas histórias reais de imigrantes nos EUA”. É sobre “contar histórias humanas com imigrantes, não contar histórias de imigrantes”. O programa quer que deixemos de ver os estrangeiros como “o outro”. A maior parte dos realizadores e editores são imigrantes ou filhos de imigrantes.
“Ligar a humanidade está no ADN da Apple, é por isso que queremos contar estas histórias com eles”, reflete Nanjiani.
https://www.youtube.com/watch?v=RrdbT4hpwBk&feature=youtu.be
A estrela seguinte a pisar o palco é bem conhecida: “Popas”, da Rua Sésamo. O grande pássaro amarelo anuncia o “Helpsters”, um no novo programa da Apple baseado na Rua Sésamo, que explica às crianças como resolver problemas práticos através da programação. “Vais ajudar as crianças a ser mais fortes e mais inteligentes”, diz Popas ao outro boneco em palco. Tal como na Rua Sésamo”, responde a marioneta.
JJ.. Abrams, realizador, e Sara Bareilles, música, vão desenvolver uma série sobre as dificuldades de jovens músicos, “Little Voice” e a apresentação segue uma atuação de Sara Bareilles ao vivo.
E é depois do vídeo com os trailers das séries ser apresentado que a última grande cartada de Tim Cook entra em palco. Ou melhor, entra no vídeo projetado que a antecede: Oprah Winfrey — a atriz, apresentadora e empresária que é uma das mulheres mais ricas e influentes do mundo.
https://www.youtube.com/watch?v=A-j8QaoTeWU
“Olá”, diz Oprah. “Nunca houve um momento como este. Temos uma oportunidade única de nos elevar o nosso melhor eu, na forma como escolhemos usar a nossa tecnologia e a nossa humanidade”. E acrescentou: “Queremos ser ouvidos, mas também temos de ouvir, de estar abertos, por isso é que juntei forças com a Apple”.
“A plataforma da Apple permite-me fazer tudo o que sei fazer de uma nova forma, porque o mundo inteiro tem a Apple na mão. Eles estão em mil milhões de bolsos. Isso é uma hipótese de ter impacto”.
Oprah está a desenvolver dois documentários para o Apple TV. O primeiro é sobre assédio sexual no mundo do trabalho, cujo nome temporário é “Toxic Labour”. Ainda sem nome, vai lançar uma série documental sobre doenças mentais. “Se fizermos bem o nosso trabalho vamos substituir o estigma pela compaixão, sabedoria e honestidade”. E vai ter um programa de entrevistas com autores para criar o “maior clube do livro do mundo”: “Quero criar uma convenção das mentes através da literatura”. Tim Cook entra em palco para abraçar Oprah em lágrimas.
Quando Oprah termina, Tim Cook entra em palco. “Que manhã divertida”, diz. “Na Apple, o cliente está e sempre estará no centro de tudo o que fazemos”, diz antes de sair de vez do anfiteatro Steve Jobs. Apesar de ter apresentado todas as novidades, o presidente não anunciou qual será o preço da Apple TV nem do Apple Arcade. O Apple News custará cerca de 9,99 solares e a Apple Pay não tem custos de criação.
Quase 12 anos depois de ter lançado o iPhone, a Apple mostrou que quer ser um concorrente de peso em mais e novas áreas. Até que ponto os serviços da Apple terão o sucesso do hardware não sabemos, mas já entraram no jogo.