Entraram as duas equipas a atacar, mas quando Felipe desviou para dentro da própria baliza foi o VAR quem se tornou figura. Aconteceu logo aos 14 minutos: Ricardo Horta, do Sp. Braga estava adiantado quando recebeu a bola, o passe para Paulinho já não valeu, nem o autogolo do portista Felipe. O árbitro Manuel Mota consultou os vídeo-árbitros e anulou aquela que seria a vantagem dos bracarenses. A equipa de Abel Ferreira acabou mesmo por ir a vencer para o intervalo, com um golo de Paulinho, aos 41 minutos. Mas Danilo mudaria as coisas a um quarto de hora do fim, o jogo acabou empatado (1-1) e graças à vantagem da primeira volta (3-0) no Dragão, os portistas tornararam-se os primeiros finalistas da Taça: jogarão com o vencedor do Sporting-Benfica, que se defrontam esta quarta.
No jogo do campeonato, no último sábado à tarde, o VAR tinha sido também protagonista do jogo. Validou duas grandes penalidades na segunda parte que valeram a reviravolta dos portistas frente ao Sp. Braga na vitória final por 3-2 que manteve os dragões na frente da classificação, com os mesmos pontos do Benfica. Agora, nesta meia-final da Taça, também se recorreu várias vezes às imagens para decidir jogadas.
Vamos aos casos:
Já na segunda parte, com o jogo empatado por golo de Danilo aos 74 minutos, não foi precisa intervenção do VAR para expulsar Felipe, por acumulação de amarelos. O central do FC Porto usou a mão para cortar um passe de Xadas. Foi a terceira expulsão do jogador pelos portistas, que não joga com o Boavista esta sexta, nem no jogo seguinte com o Portimonense.
Mas o jogo foi rico em polémicas e o VAR ainda foi chamado a intervir por duas vezes. Aos 9 minutos tinham sido os bracarenses a pedir a intervenção dos vídeo-árbitros: reclamaram mão de Militão, do FC Porto, dentro da área. No lance com Ricardo Horta, o contacto da bola com o braço surge após Militão receber a bola com o peito.
E de novo, aos 40 minutos, o VAR interveio para negar os pedidos do Sp. Braga, desta vez por alegada mão de Manafá na grande área do FC Porto. Não foi assinalada grande penalidade. Manafá parece ter sido tocado por Paulinho durante o lance.
Antes do final da primeira parte os portistas reclamaram a expulsão de Wilson Eduardo. O médio do Sp. Braga já recebera um amarelo, após uma entrada dura sob Jesús Coronoa, e aos 42 minutos entrou tarde e pisou Óliver. Manuel Mota não deu cartão.
Logo no início da segunda parte, mais uma grande penalidade negada ao Sp. Braga, por suposto encontrão de Adrián López a João Palhinha.
Já depois do empate — garantido por Danilo aos 74 minutos — Máxi Pereira, do FC Porto, saiu sem cartão de um embate duro que fez Murillo Sousa pedir assistência médica.