O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu, no domingo, a “cessação imediata” da ofensiva militar lançada pelo marechal Khalifa Haftar à capital líbia.
Nós deixamos claro que somos contra a ofensiva militar das forças de Khalifa Haftar e pedimos a cessação imediata dessas operações militares contra a capital da Líbia”, disse Pompeo, de acordo com um comunicado.
“Os Estados Unidos, juntamente com os seus parceiros internacionais, continuam a pedir aos líderes líbios que regressem às negociações políticas sob a mediação do Representante Especial do Secretário-Geral, Ghassan Salame”, acrescentou.
Haftar, que controla o leste e parte do sul do país, é acusado pelos rivais de querer tomar o poder pela força e instaurar uma ditadura militar.
As suas forças lançaram uma ofensiva surpresa contra a capital na quinta-feira e desde então pelo menos 23 pessoas morreram.
ONU faz apelo urgente para “trégua humanitária” de duas horas na Líbia
Na Líbia, país imerso num caos político e securitário há vários anos, duas autoridades disputam o poder: um governo de união nacional líbio, estabelecido em 2015 em Tripoli, que é reconhecido pela comunidade internacional (incluindo pelas Nações Unidas) e que tem o apoio de milícias, e uma autoridade paralela que exerce o poder no leste do país, com o apoio do marechal Haftar, um militar dissidente do regime de Muammar Kadhafi, que caiu em 2011.
O governo de unidade nacional, apoiado pela comunidade internacional, tem conseguido afirmar a sua autoridade na capital, Tripoli, mas não conseguiu sobrepor-se a um governo e parlamento rivais estabelecidos em Tobruk (leste), apoiados pela milícia do poderoso marechal Khalifa Haftar.