“O que me disse? Mãe, não faço milagres”. Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, encontra-se na Madeira a acompanhar o filho mais velho do jogador da Juventus no Torneio Internacional Marítimo Centenário (que tem sido destaque até na imprensa internacional por causa dos dotes goleadores do Sub-9 do conjunto transalpino) e comentou a eliminação da Vecchia Signora na Liga dos Campeões, assumindo a tristeza do capitão da Seleção Nacional pelo afastamento precoce da prova.
“Não tiveram sorte. Quem ganhou merece a vitória. O Ronaldo ainda marcou um golo mas não deu para mais do que aquilo. Ele ficou triste, claro que gostava de ir à final da Liga dos Campeões, mas fica para a próxima. O Campeonato está a correr bem, faltou uma pontinha de sorte na Liga dos Campeões. Não podemos fazer nada, a vida continua”, acrescentou.
O avançado caiu pela primeira vez na carreira nos quartos da Champions, depois de 11 passagens nessa fase da prova entre Manchester United e Real Madrid. Dessa forma, e com a Juve praticamente campeã pelo oitavo ano consecutivo, caiu por terra aquele que era o grande objetivo bianconeri. E o objetivo pelo qual Ronaldo se tinha também transferido, tendo também em linha de conta a importância da conquista europeia para alcançar mais uma Bola de Ouro – sobretudo em ano sem Europeu. Por isso, entre as muitas notícias em torno da equipa depois da desilusão (a começar pela continuidade do técnico Massimilano Allegri), o La Repubblica coloca mesmo em causa esta quinta-feira a continuidade do português no clube até ao final do contrato, que termina apenas em junho de 2022 (quando o jogador já tiver 37 anos). Já o Corriere della Sera levanta um outro cenário: depois da próxima época, e mediante o sucesso desportivo na Liga dos Campeões, logo se verá se o número 7 continua.
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É também nesse contexto que a imprensa desportiva transalpina coloca o enfoque na reformulação que será feita no plantel da Vecchia Signora, da defesa ao ataque. A começar logo com a primeira contratação de peso já garantida e a custo zero (pelo menos a nível de valor de transferência): o médio galês do Arsenal Aaron Ramsey, que trará outra competitividade a um meio-campo onde Pjanic, Emre Can, Khedira, Betancur e Matuidi foram perdendo gás ao longo da época. Mas o mercado está longe de ficar por aí na Juventus, em busca de novas opções para todos os setores tendo em vista de novo o triunfo na Champions.
Como explica a Gazzetta dello Sport, De Ligt, central e capitão do Ajax que apontou o golo decisivo da eliminatória em Turim, é uma espécie de sonho proibido do clube liderado por Andrea Agnelli – sobretudo por ser quase certo que não fuja ao Barcelona, seguindo os passos de Frenkie De Jong. Cristián Romero, jovem central argentino de 20 anos que se destacou no primeiro ano feito na Europa pelo Génova, é outro dos nomes apontados na renovação defensiva pretendida pela Juventus. Umtiti (Barcelona) e Rúben Dias (Benfica) são as restantes possibilidade mais fortes para reforçarem o eixo recuado da equipa.
De Ligt, o perna curta que deu o salto para o estrelato e já vê os seus golos celebrados em Camp Nou
Ainda assim, é no ataque que se centram as principais atenções, com o jornal a falar da tentativa de Fabio Paratici, diretor desportivo da Juve, em assegurar a contratação do benfiquista João Félix já para a próxima temporada. A lista para o setor onde ficam por confirmar as permanências de Dybala e Douglas Costa tem mais nomes de peso, casos de Salah (egípcio que continua a ser um dos elementos fundamentais do Liverpool mas que, de acordo com o As desta quinta-feira, terá manifestado a intenção de deixar o clube depois de uma discussão acalorada com Klopp), Icardi (Inter), Chiesa (Fiorentina) e Zaniolo (Roma).