Não foi propriamente uma novidade. O Everton de Marco Silva já tinha provado o seu poderio em casa e a forma como Goodison Park eleva a equipa: afinal, na segunda volta da Premier League, os toffees venceram o Chelsea e o Arsenal e empataram com o Liverpool, atual líder da Liga inglesa. O Manchester United estava avisado. A única novidade da tarde de domingo de Páscoa foi mesmo o avolumar dos números no marcador.

O Everton goleou em casa o Manchester United por 4-0, naquela que é a maior vitória dos últimos 35 anos que a equipa de Liverpool impôs aos red devils (em 1984 venceram por 5-0). O brasileiro Richarlison, figura maior do Everton esta temporada e jóquer de Marco Silva — o avançado foi treinador pelo português no Watford e a transferência foi um pedido pessoal do técnico –, inaugurou o marcador ainda dentro do primeiro quarto de hora (13′) e o islandês Sigurdsson aumentou a vantagem ainda antes do intervalo (28′). Já na segunda parte, Lucas Digne fez o terceiro (56′) e Theo Walcott, ala ex-Arsenal que tinha entretanto entrado para o lugar de Richarlison, marcou o quarto e último golo do Everton.

A equipa de Marco Silva, que hoje não pôde contar com André Gomes devido a castigo (do lado do Manchester United, Diogo Dalot jogou os 90 minutos), aproveitou assim os empates do Leicester e do Wolverhampton de Nuno Espírito Santo e subiu ao sétimo lugar da Premier League, logo após os big six ingleses. Já o Manchester United somou a sexta derrota nos últimos oito jogos para todas as competições e não conseguiu levantar a cabeça depois da eliminação inequívoca nos quartos de final da Liga dos Campeões a meio da semana, perante o Barcelona. Com a goleada em Goodison Park, os red devils estão agora mais longe do quarto lugar — o último que dá acesso à Champions — e podem ver o Arsenal fugir ainda mais caso os gunners vençam ainda este domingo o Crystal Palace.

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No final do jogo, Solskjaer pediu desculpa aos adeptos do Manchester United

Numa altura em que os jornais espanhóis fazem capas, reportagens, manchetes e notícias atrás de notícias sobre a vontade de Paul Pogba de se juntar ao compatriota Zidane no Real Madrid, a imprensa inglesa começa já a falar num eventual conflito entre o médio francês e Solskjaer. Olhando para a última vez que Pogba teve problemas com um treinador — José Mourinho –, o mais provável é que o atual diferendo termine com a saída de uma das partes: Mourinho saiu, Pogba ficou; Solskjaer assinou contrato há pouco tempo, Pogba deve sair no mercado de verão.

No final da partida em Goodison Park, a verdade é que Solskjaer se dirigiu aos adeptos que tinham viajado desde Manchester até Liverpool e pediu desculpa, como que a assumir a responsabilidade pela derrota pesada. Em Inglaterra, e apesar dos pedidos de desculpas, a opinião do Telegraph é destruidora: o melhor a retirar da goleada sofrida às mãos do Everton é que afasta o Manchester United da Liga dos Campeões, logo, “a humilhação de terça-feira com o Barcelona não se repetirá na próxima temporada”.

Os beijos de Messi para a capa da France Football (ou como o argentino “atropelou” o United)