A Volkswagen quer dividir para reinar. Com dois grandes lançamentos em carteira, o primeiro eléctrico da nova era e a 8ª geração do Golf, o construtor alemão reviu a agenda e mudou de planos. Se inicialmente estava previsto apresentar os dois produtos em simultâneo, para reforçar a ideia que, daqui para a frente, a linha eléctrica e a convencional (com motores térmicos) vão coexistir, depois a marca entendeu que a única estrela no Salão de Frankfurt vai ser o I.D. Neo (nome de código). E, com isso, adiou a apresentação do novo Golf, o seu bestseller.

A 8ª geração do compacto, descrita como “a mais high tech de sempre”, poderá ser revelada ainda antes do final deste ano, mas a verdade é que já pouco falta mostrar, pois diversas fotos-espia têm tratado de expor uma estética que evolui na continuidade. A opção compreende-se na medida em que, mesmo em final de ciclo, o Golf entregou 445.303 unidades a clientes em 2018, só na Europa – uma proeza para um modelo que se sabia que teria nova geração no ano seguinte. Apesar de já ter sido apanhado diversas vezes, nunca antes o futuro Golf surgiu tão despojado de artifícios como agora, apenas com uns adesivos a esconderem as formas e a real dimensão dos grupos ópticos e da grelha.

Olhando com mais atenção para a frente, é possível perceber que as day running lights, em LED, parecem estar parcialmente encobertas, da mesma maneira que surge a dúvida se as luzes de nevoeiro são mesmo reais, pois fica-se com a impressão de que foram ali colados uns autocolantes para omitir o desenho do pára-choques dianteiro. Atrás, a tampa do porta-bagagens também parece estar camuflada recorrendo ao mesmo expediente, enquanto a diferença mais evidente, de perfil, recai na linha de cintura mais elevada.

Resta esperar pelo interior, na certeza de que a promessa de estarmos perante um Golf “tecnológico” se traduzirá na supressão de uma série de botões. No lugar destes comandos, o mais natural é que surja um ecrã daqueles de “encher o olho”.

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