Depois de muitas críticas, a Google anunciou esta quarta-feira que vai lançar uma nova funcionalidade a pensar na privacidade dos utilizadores: apagar o histórico de informação. Da mesma forma que empresas como o Facebook guardam todos os dados que insere na plataforma — mesmo o que escreveu e nunca chegou a publicar — a Google faz o mesmo com os serviços que disponibiliza. Agora, vai ser possível definir um contador para, automaticamente, esta informação ser apagada.

[Veja no GIF como pode definir esta nova funcionalidade da conta Google]

Como a Google detém serviços como a aplicação de GPS Google Maps ou o navegador de Internet Chrome, tem acesso a bastante informação pessoal dos utilizadores e pode saber, literalmente, por onde andou, onde está e o que quer encontrar ou saber. Com esta nova opção passa a ser possível apagar automaticamente o histórico de atividade de pesquisas que fez ou os percursos que realizou. Esta funcionalidade que vai ficar disponível “ao longo das próximas semanas” e a Google quer estendê-la a mais serviços da empresa.

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Quer esteja a ver as notícias mais recentes ou o caminho mais rápido para chegar ao destino, queremos tornar os nossos produtos úteis a todos. E quando ativa definições de conta como o histórico de localização ou atividade da web e de aplicações, esta informação ajuda a melhorar as experiências dos utilizadores em várias vertentes — como por exemplo recomendar-lhe um novo restaurante que poderá gostar ou levá-lo a onde ficou na última pesquisa”, diz a Google.

Estes controlos para definir a eliminação automática do histórico de informação vão estar disponíveis nas definições da Conta Google na secção de “Web e Atividade de Apps”e “Histórico de Localização” (“Web & App Activity” e “Location History” em inglês). A Google vai ter vai opções para apagar o histórico: apagar agora; manter a informação durante três; ou manter a informação por 18 meses.

Google guarda localizações dos utilizadores mesmo quando estes optam pela privacidade

Esta medida surge depois de críticas à Google pelo tempo e forma como armazena dados pessoais, principalmente a informação de geo-localização. A empresa afirmou ainda que — numa época em que até o Facebook quer oferecer um caminho com mais privacidade para as pessoas –, os utilizadores “devem ser capazes de gerir os seus dados da maneira que mais lhes convier”.