Madonna subiu ao palco da Eurovisão, em Tel Aviv, e levou a bandeira da Palestina para a atuação. A edição deste ano do festival foi marcada por alguma polémica e a cantora americana acabou por se ver envolvida. Vários cantores e artistas palestinianos pediram um boicote à Eurovisão contra a “agenda explícita de Israel de usar atuações de artistas internacionais para branquear os seus crimes contra a Humanidade”.

Madonna não aderiu ao pedido e acabou por atuar, deixando claro que “nunca deixará de tocar música para servir a agenda política de alguém”, mas garantindo que o seu coração “parte-se” de cada vez que ouve falar “nas vidas inocentes que se perdem nesta região”. E, como forma de marcar a sua posição, os bailarinos de Madonna levaram uma bandeira da Palestina nas costas.

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A artista cantou o seu mais recente lançamento, a canção “Future”, que conta com a participação do rapper Quavo, e ainda um dos seus maiores sucessos de todos os tempos: “Like a Prayer” — lançado há 30 anos. “São todos vencedores. E a razão pela qual eu digo isto é que chegar aqui não é fácil”, disse antes de atuar.

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Madonna não cedeu ao apelo de boicote — mesmo depois de o músico Roger Waters, ex-Pink Floyd, ter escrito um artigo de opinião, intitulado “Se acreditas em Diretos Humanos, Madonna, não atues em Telavive”, publicado no jornal The Guardian, onde pedia à artista norte-americana e a todos os concorrentes que lessem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas Madonna divulgou um comunicado onde afirmava que “nunca deixará de tocar música para servir a agenda política de alguém”.

Madonna rejeita apelos para boicotar Eurovisão que decorre em Israel

A 8 de abril, a estação pública israelita, que coorganizou este ano o Festival Eurovisão da Canção, confirmou que Madonna ia atuar na final do concurso. Para Roger Waters, o facto de Madonna ter aceite o convite “levanta, mais uma vez, questões éticas e políticas fundamentalmente importantes para todos e cada um ponderar”.