O cabeça de lista às europeias do Iniciativa Liberal, Ricardo Arroja, frisou esta quinta-feira, no Porto, que o objetivo do partido é não só “eleger um eurodeputado, mas sobretudo marcar uma filosofia política oposta ao socialismo”.
Ricardo Arroja, que falava aos jornalistas numa ação junto ao Hospital São João, zona próxima de várias faculdades e institutos superiores, começou por fazer um balanço sobre a campanha, considerando que esta lhe tem “corrido tão bem, tão bem, que até o primeiro-ministro, um socialista empedernido, quer agora ser liberal”. “Mas não se iludam: se querem votar liberal, votem Iniciativa Liberal e não num produto contrafeito de má qualidade”, disse, antes de avançar com os objetivos para as eleições de domingo.
“O objetivo passa por eleger um eurodeputado, mas sobretudo passa por marcar uma filosofia política oposta ao socialismo que nos tem dominado nos últimos 45 anos. Dos países ditos mais à esquerda aos países ditos mais à direita, todos eles partilham uma matriz de socialismo e nós acreditamos que o liberalismo, um eixo vertical em que as pessoas estão no topo e o Estado é apenas um meio ao serviço das pessoas, é que é a alternativa que levará Portugal para a convergência económica”, descreveu.
Ricardo Arroja, economista e professor universitário, partiu da estação de metro para percorrer algumas ruas do Polo Universitário da Asprela, levando consigo bandeiras e panfletos e as perguntas: “Já ouviram falar de nós?”, “Conhecem o Iniciativa Liberal?” ou “Vai votar no domingo?”. E entre a entrega de folhetos e a troca de cumprimentos foi entrando em diálogo para explicar o seu programa de campanha, como aconteceu quando ouviu os desabafos de uma vendedora de cerejas, junto à entrada do hospital, ou as dúvidas de um estudante de medicina que esperava o autocarro e confidenciou estar “por fora do que se discute nestas Europeias”, porque “defende uma Europa de Estados soberanos e não o que acontece atualmente”.
Arroja pôde então estender o panfleto de campanha e apontar para o primeiro de um conjunto de 12 pontos. “Propomos uma Europa de Estados soberanos”, refere o documento.
“Sentimos que as pessoas veem em nós uma alternativa irreverente e credível. Procuramos, nesta campanha, com a proximidade e a partilha de aspetos que influenciam a vida dos portugueses, mas que chegam cá através da Europa, discutir questões europeias e não aspetos nacionais. O nosso objetivo é mostrar que o liberalismo económico, político e social é uma alternativa ao socialismo que nos tem governado mal”, defendeu o candidato.
O cabeça de lista do Iniciativa Liberal enumerou medidas que deseja ver implementadas como um mercado comum de Ensino Superior, lamentando que “persistam mais de 300 profissões reguladas que impedem a livre circulação das pessoas” e, quanto a “contradições na União Europeia”, deu o exemplo da transição energética, apontando que “se continua a assistir a uma subsidiação intensíssima do consumo e da produção com recursos fósseis”.