O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes defende que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está “vivo e forte”, apesar de “tanto ruído e tanto ataque político”. “Creio que os portugueses já não suportam este ataque diário, permanente e insistente, que apenas serve para dar a ideia de que o SNS está acabado e que as pessoas têm de procurar outra alternativa”, afirmou Campos Fernandes, que saiu da pasta da Saúde em outubro passado.

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O ex-governante, que comentava as conclusões do Relatório da Primavera 2019, que está a ser apresentado nesta quinta-feira em Lisboa, entende que o documento sinaliza que o sistema de saúde resiste e “serve bem os portugueses”. “Naturalmente que temos problemas e dificuldades”, indicou o ex-ministro, dando os exemplos do investimento e dos recursos humanos.

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Campos Fernandes destacou a área da Saúde Mental, que o relatório sublinha que há 20 anos que não tem a devida atenção, indicando que é “uma responsabilidade de todos”.

O socialista deixou ainda um recado aos responsáveis políticos, aconselhando a que se oiçam os peritos com humildade: “Quem não for capaz de ser humilde na política deve mudar de vida”.

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A análise feita no Relatório da Primavera 2019 diz que o setor da saúde foi marcado nos últimos anos por uma inércia de governação, muito baseada em gestão corrente, perdendo-se meses em “retórica e tacticismo” e deixando reformas por concretizar.