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No novo JNcQUOI Asia cabe o Oriente quase todo - e um dragão dourado

Este artigo tem mais de 4 anos

Lisboa acaba de ganhar um novo templo de comida asiática onde não faltam pratos típicos de países como China, Japão, Índia ou Tailândia. Conheça o irmão mais novo da família JNcQUOI.

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O que interessa saber

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Nome: JNcQUOI Asia
Abriu em: Julho de 2019
Onde fica: Av. da Liberdade, 144, Lisboa
O que é: O segundo espaço dedicado à restauração com a assinatura do grupo Amorim Luxury. O irmão mais novo do JNcQUOI original, que abriu uns números acima desta novidade.
Quem manda: O Grupo Amorim Luxury
Quanto custa: Entre 35 a 40€ por pessoa.
Uma dica: Se o “irmão mais velho” desta casa já é um dos restaurantes mais procurados de Lisboa, este será ainda mais concorrido. Faça reserva com antecedência se o quiser visitar.
Contacto: 210 513 000
Horário: Todos os dias, das 12h às 2h, sem paragens
Links importantes: Facebook, Site, Instagram

 

A História

Já lá vai pouco mais de dois anos desde que a Avenida da Liberdade, em Lisboa, ganhou novos motivos para se assumir como a zona mais premium da capital portuguesa. Já tinha as grandes empresas e os seus escritórios, as griffes mais populares e luxuosas mas no capítulo da comida os (poucos) grandes restaurantes que existiam moravam dentro de hotéis — esse bicho de sete cabeças para o público português que, felizmente, parece estar a tornar-se menos estranho. Foi talvez ao perceber isso que a empresária Paula Amorim e o gestor hoteleiro Miguel Guedes de Sousa perceberam que havia uma brecha por explorar e criaram, então, o primeiro JNcQUOI.

Pé ante pé esta casa de comida tradicional portuguesa ultra refinada foi-se afirmando como bem mais do que um mero sítio “para ver e ser visto” e é hoje um valor consolidado, um poiso incontornável para quem procura o receituário nacional feito com mestria e talento, rodeado de bom gosto e uma quota parte de luxo — afinal o grupo a que pertence chama-se Amorim Luxury . Acontece que Guedes de Sousa viveu e fez grande parte da sua carreira entre os melhores hotéis da Ásia e quando chegou a altura de pensar em fazer crescer a marca, a temática gastronómica tornou-se óbvia.

Aproveitando também o facto de haver dezenas de asiáticos a calcorrear a Avenida da Liberdade todos os dias, decidiram apostar em força na comida do Oriente mas fazendo-o de uma forma muito particular: puxando pela portugalidade que marcou um sem fim de nações nesse lado do mundo (e muito mais). Isto traduz-se, então, num projeto gastronómico assente no receituário dos países por onde os navegadores portugueses passaram e deixaram/levaram alguma coisa. Japão, China, Índia e Sião (antigo nome da Tailândia) foram alguns dos recantos escolhidos para dar cor e sabor, literalmente, a esta nova casa que pretende dar continuidade ao padrão de qualidade pelo qual o “irmão mais velho” já é conhecido.

A sala de refeições principal deste JNcQUOI Asia onde quem manda é o dragão dourado. ©Diogo Lopes/Observador

O Espaço

O espaço e a decoração do primeiro JNcQUOI foi uma das primeiras coisas que se destacaram quando este abriu ao público pela primeira vez. De repente, feeds de Instagram viram-se inundados por fotografias do enorme esqueleto de dinossauro que ainda hoje adorna a sala de refeições, bem como de pormenores como as bonitos caçarolas em cobre onde vinham servidos alguns pratos, por exemplo. Tudo isto ficou-se a dever ao arquiteto Lázaro Rosa Violán e, como não há melhor cartão de visita que o sucesso, foi ele o mesmo escolhido para dar vida a este JNcQUOI Asia.

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Como a cartada do dinossauro já tinha sido usada — e para manter uma linha comum entre os dois projetos –, o arquiteto decidiu substitui-lo por um dragão enorme, meio dourado, que volta a ser figura dominante na sala de refeições. Mas esta casa é demasiado grande para não se falar dos outros recantos.

No total contam-se 950 m2 de restaurante, e ainda todo um labirinto de preparação e conservação alimentar situado um andar mais a baixo. A zona reservada aos clientes divide-se em quatro ambientes distintos: o bar, o restaurante, o sushi-bar e o terraço (todos juntos têm capacidade para cerca de 300 pessoas.)

A zona de bar/lounge que fica logo à entrada desta novidade. ©Diogo Lopes/Observador

Depois de subirmos as escadas que dão acesso à porta principal do restaurante entramos diretos numa zona mais de lounge/bar onde impera o vermelho, os néons, as madeiras e os tecidos ricos que compõem o imaginário chinês. Há os concorridos sofás virados para as janelas circulares e um espaço com mesas soltas que fica colado a uma espécie de “palco” não assumido onde ficará o DJ e as bandas ao vivo que, com regularidade, aqui virão tocar.

Desta zona segue-se então para a tal sala do dragão, zona de refeições principal que em muito parece uma espécie de jardim de inverno com uma claraboia que percorre todo o teto. Esta ilumina, por exemplo, a considerável cozinha aberta, espaço feito à medida de forma a conseguir comportar uma zona para cozinhar dim sums a vapor, outra para tudo o que necessite de wok, mais uma com dois fornos tandoori e até uma outra onde mora um forno especial só para assar patos (!!!). A isto soma-se a robata japonesa, para grelhados na brasa e… já chega. Para mais zonas de confeção de comida é preciso passar para o sushi-bar, um enorme balcão (também há mesas mais privadas) onde pode ficar a provar as ofertas gastronómicas deste JNcQUOI Asia.

Finalmente há o terraço, espaço ao ar livre, também ele com cadeiras e mesas — até um pagode chinês tem, para eventos privados — que tanto podem servir para beber um copo antes da refeição ou mesmo para comer um menu completo.

A zona do sushi-bar também se assemelha a um jardim de inverno, com muita luz natural. ©Diogo Lopes/Observador

A Comida

Tempura e Vindaloo — meio mundo já deve saber que estas especialidades, japonesa e indiana, respetivamente, nasceram da influência portuguesa. Falamos de técnicas de confeção que foram assimiladas por outras culturas e que acabaram por se tornar quase símbolos gastronómicos do povo que as tornou suas. Casos deste género também aconteceram com produtos em si e reforçam a ideia de que os portugueses moldaram a história culinária do mundo de forma inegável. É precisamente com o objetivo de homenagear tudo isto que o JNcQUOI Asia definiu as bases daquilo que é hoje a sua carta.

Entre pratos quentes, sushi, cocktails e pastelaria encontramos um sem fim de receitas e ingredientes que, de uma forma ou outra, foram “tocados” pelos navegadores portugueses e/ou fazem parte dos sítios por onde eles passaram. Na prática isto traduz-se numa carta extensa dividida em oito categorias: sushi e sashimi (este departamento está entregue ao talentoso Miguel Bértolo, sushiman português que conquistou o segundo lugar na competição Edomae Sushi do World Sushi Cup em 2017); dim sums; sopas e saladas; spring rolls, tempura e chamuças; wok; robata e tandoori; caris; e clássicos — aos quais se juntam os acompanhamentos, couvert e sobremesas, claro.

O delicioso pato com molho de ananás e tamarindo, mais conhecido como Ped Yaang Naam Markham. ©Diogo Lopes/Observador

Não faltam nigiris generosos como os de camarão (10€ duas unidades) ou os de carapau (6€/2 uni.), muito menos os gunkans, como os de ovas de salmão (19€/2 uni.). Na categoria dos dim sums encontramos sugestões como os de cogumelos (5€/ 3 uni) ou os “har gow”, que levam uma mistura de camarão com castanha d’ água (12€/3 uni), mas há muito mais. Na zona dos pratos mais substanciais encontra clássicos como o nasi goreng (20€) ou o chow mein (16) mas também sugestões menos comuns como o frango grelhado com molho miso (25€), o delicioso pato assado cantonês (25€) ou até um dos vários caris que tem à escolha. O verde de frango, por exemplo (24€). Como sobremesas tem o altamente viciante cheesecake com bolachas de canela e gengibre (9€) ou sticky rice com manga (9€).

Neste género de coisas não há como visitar, escolher e provar. Contudo, o que importa assinalar é que a Ásia que aqui lhe chega ao prato é genuína, não vem de modas nem latas. O trabalho do chef António Bóia e do seu braço direito, Mário Esteves, não foi fácil — este último, por exemplo, passou vários meses a estagiar em restaurantes do outro lado do mundo — mas orienta-se pelas mesmas regras que deram fama à comida do primeiro JNcQUOI — qualidade do produto acima de tudo. Para se ter uma noção, o leite de coco que usam é feito pelos próprios com a ajuda de uma máquina própria para o efeito, assim como todas as massas utilizadas na feitura dos dumplings ou dos pães naan, por exemplo. Esteves chegou a contar ao Observador o quão difícil foi encontrar “tipos de amido que cá, em Portugal”, nem sequer são comercializados.

Pormenor da sala de refeições e uma seleção de nigiris feita pelo sushiman Miguel Bértolo. ©Diogo Lopes/Observador

Há muito trabalho nesta cozinha e outra prova disso é também o facto deste JNcQUOI Asia até ter contratado cozinheiros de muitos dos países que inspiram todo o projeto (existem nestes corredores 12 nacionalidades), estando nessa lista o perito chinês em dim sums que foi convencido a mudar-se para Portugal à conta deste projeto, por exemplo.

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes.

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