A 8 de agosto, Simon Cheng Man-kit, de 28 anos, estava a regressar a Hong Kong depois de ter estado na cidade chinesa Shenzhen. No momento em que, a bordo de um comboio de alta velocidade, atravessava a fronteira de regresso a Hong Kong enviou uma mensagem à namorada: “A atravessar, reza por mim”.

É a última coisa que se sabe do funcionário da embaixada britânica em Hong Kong. São 12 dias de um “desaparecimento” que está a preocupar os ingleses, de acordo com a imprensa internacional, tendo em conta os protestos pró-democracia que têm levado às ruas milhões de pessoas em Hong Kong.

O correspondente da Sky News em Hong Kong, Tom Cheshire afirma que o gabinete onde Cheng Man-Kit trabalha “não sabe porque é que foi detido”. “Isto é muito preocupante, especialmente considerando o tempo que já passou, 12 dias”, afirmou o jornalista, citando fonte do gabinete.

Na China pode ficar-se detido, em “detenção administrativa”, a critério da autoridade de segurança pública, durante 15 dias. Pelo que, a ser esse o caso, Cheng Man-Kit poderá demorar ainda mais três dias a dar notícias.

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O Reino Unido tem sido uma das vozes que tem expressado apoio a Hong Kong, o que desagrada ao regime de Pequim. Caso se trate de uma detenção pelo regime de Pequim esta poderá ser mais uma pedra na engrenagem na relação entre os dois países, que tem saído ferida desde o início dos protestos em Hong Kong.

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