O governo chinês anunciou esta sexta-feira que vai reagir às tarifas recentemente impostas por Donald Trump. Como? Impondo as suas próprias tarifas, num valor total que chega aos 75 mil milhões de dólares (cerca de 67 mil milhões euros). É mais um episódio da já longa guerra comercial entre as duas nações.

Em Pequim, o Ministério das Finanças chinês explicou que serão aplicadas tarifas extra de 5% e 10% em 5.078 produtos norte-americanos. A China anunciou também a reposição de tarifas de 25% sobre os automóveis norte-americanos e de 5% sobre peças para o setor, que estavam provisoriamente suspensas como sinal de “boa vontade” da China nas negociações. E as datas já foram confirmadas, noticia o New York Times. As medidas entram em vigor a 1 de setembro e 15 de dezembro — dias que coincidem com as datas previstas pelos Estados Unidos para a entrada em vigor das suas taxas aos produtos chineses.

O governo norte-americano já tinha decidido adiar para dezembro as taxas alfandegárias de 10% para vários produtos chineses (incluindo telemóveis, computadores portáteis ou consolas para jogos) para “não arruinar o Natal”. As taxas de 300 mil milhões de dólares (cerca de 271 mil milhões de euros) estavam inicialmente previstas para o início de setembro, mas os conselheiros para o Comércio Externo apelaram ao espírito natalício do Presidente dos Estados Unidos da América. Assim, as lojas norte-americanas vão poder abastecer as prateleiras antes da época do Natal — sem o aumento do preço de produtos de consumo bastante populares.

Trump dispara. China retalia. O que está em causa na “guerra comercial”?

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