Uma alegada troca de emails entre o escritor Evgeny Morozov e John Brockman, o seu agente, revela que o príncipe André,  foi visto no apartamento do multimilionário norte-americano Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão onde estava acusado de tráfico sexual de menores e se suicidou na prisão, a receber uma massagem nos pés dadas por duas jovens russas. Essa troca de mensagens foi publicada pelo próprio Morozov na revista New Republic.

No artigo, o escritor diz que está prestes a cortar ligações com John Brockman por este continuar sem falar sobre as suas ligações a Epstein. “O John tem aparecido nas notícias por causa das suas ligações perturbadoras ao Jeffrey Epstein”, começou por escrever. E acrescentou: “Passou mais de um mês desde que o Epstein foi preso por causa das últimas acusações. Até hoje, não houve uma palavra sobre isto. Agora que encontrei um email antigo que ele me enviou, não acredito que ele não sabia nada sobre as aventuras sexuais selvagens de Epstein”.

O primeiro email que Morozov mostra, datado de 2013, revela que John Brockman, na última vez que visitou a residência de Epstein, em Nova Iorque, revelou que encontrou também “um homem britânico de fato e suspensórios a receber massagens nos pés de duas jovens russas bem vestidas”. Até este ponto, o nome do duque de York ainda não tinha sido mencionado nos emails, mas já havia algumas pistas de que se tratava do príncipe britânico. Evgeny Morozov garante que nesta altura não sabia quem era Epstein.

Depois de me dar um sermão sobre cibersegurança, o britânico, chamado Andy, estava a comentar o caso das acusações das autoridades suecas contra Julian Assange. Achávamos que na Suécia eram liberais, mas é mais como o norte de Inglaterra oposto ao sul da Europa”, acrescentou Brockman no email.

O agente diz ainda que “Andy” se queixou também da sua grande exposição pública que o impedia de fazer algumas coisas, como sair à noite. E foi logo de seguida que se percebeu que “Andy” era mesmo o filho da rainha britânica, Isabel II. “Percebi que o cliente da massagem nos pés era a Sua Alteza, Príncipe Andrew, o duque de York”. O email termina com a informação de que, uma semana depois, “num dia de notícias lentas”, a capa do NY Post tinha uma fotografia completa de Jeffrey Epstein e o príncipe André no Central Park, em Nova Iorque, com o título: “O Príncipe e o Perv [pervertido]”.

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Uma das testemunhas que faz parte de um caso contra Epstein na Florida, nos Estados Unidos, revela que terá sido forçada a ter relações sexuais com o príncipe André por três vezes, entre 1999 e 2002, quando ainda era menor de idade. Este ano, o caso complicou-se ainda mais para o irmão de Carlos e Eduardo: não só há mais pormenores sobre essa acusação, como é conhecida uma segunda acusação de comportamento impróprio com uma menor. E há um vídeo que coloca o duque de York precisamente dentro da mansão onde Epstein — que entretanto se suicidou na prisão — abusaria sexualmente de uma série de menores.

Tigres embalsamados, móveis portugueses do século XVIII e um príncipe André apanhado à porta. A “mansão de horrores” de Epstein