A Universidade Católica Portuguesa (UCP) felicitou esta segunda-feira “com júbilo” a nomeação para cardeal do seu antigo vice-reitor José Tolentino de Mendonça e diz sentir-se “privilegiada por esta distinção de um dos seus mais notáveis” ex-alunos e professores.
Em comunicado, a universidade felicita Tolentino de Mendonça pela ordenação como cardeal, que vai acontecer em outubro, e “cumprimenta-o pelas novas funções na Cúria”.
“Vice-Reitor da UCP entre 2012 e 2018 e também Diretor da Faculdade de Teologia, D. José Tolentino de Mendonça é figura académica insigne, com um longo e notável trabalho de diálogo transversal com os diversos quadros da contemporaneidade, poeta maior e pastor fiel”, lê-se no comunicado divulgado.
No mesmo comunicado emitido pela reitoria, a UCP afirma ainda sentir-se “privilegiada por esta distinção de um dos seus mais notáveis ‘alumni’, professor, dirigente e reza pela continuidade da sua missão ímpar como arauto do diálogo entre a fé e a cultura”.
O papa Francisco anunciou no domingo, após o angelus, que o arcebispo português Tolentino de Mendonça vai ser nomeado cardeal em 5 de outubro. De acordo com a agência Ecclesia, o também bibliotecário do Vaticano torna-se assim no sexto cardeal português do século XXI e no terceiro a ser designado no atual pontificado.
O madeirense junta-se aos cardeais José Saraiva Martins, Manuel Monteiro de Castro, Manuel Clemente, António Marto e José Policarpo, falecido em 2014. O consistório para a criação dos novos cardeais está agendado para 5 de outubro.
Atualmente, o colégio cardinalício é composto por 216 cardeais, dos quais 118 são eleitores e 98 não eleitores, aos quais se vão somar os 13 anunciados no domingo. Em 26 de junho de 2018 José Tolentino de Mendonça foi indigitado como arquivista e bibliotecário do Vaticano, cargo para o qual lhe foi atribuído o título de arcebispo.
Tolentino de Mendonça ficou a tutelar a mais antiga biblioteca do mundo, substituindo Jean-Louis Bruguès, que assumiu o cargo em 2012.
Em reação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a nomeação de Tolentino de Mendonça como cardeal traduz o “reconhecimento de uma personalidade ímpar”, assim como a presença da Igreja Católica na sociedade portuguesa.
Também o primeiro-ministro, António Costa, saudou a nomeação de Tolentino de Mendonça como cardeal pelo papa Francisco, classificando o português como “um dos mais qualificados vultos da Igreja”.