Cerca de um ano depois de se ter demitido da Google, Laura Nolan avisa agora que há uma nova geração de armas automáticas que podem, acidentalmente, desencadear uma guerra e “causar atrocidades de forma massiva”.
Nolan defende que estes robots têm a capacidade para criar “calamidades para as quais não estavam programados” e que, por isso, devem ser banidos, à semelhança das armas químicas.
A engenheira em ciência computacional demitiu-se depois de lhe ter sido atribuída a tarefa de trabalhar num projeto para reforçar a tecnologia nos drones militares norte-americanos. Assim, juntou-se à Campanha para Parar os Robots Assassinos que visa alertar para os perigos do uso destas armas. “Há a possibilidade de acontecerem grandes acidentes, porque estas coisas vão começar a agir de forma inesperada. Daí a importância de submeter qualquer sistema avançado de armas ao controlo humano. Caso contrário, estas armas têm de ser banidas porque são demasiado imprevisíveis e perigosas”, alertou, citada pelo The Guardian.
Para Nolan, as consequências fatais podem resultar de coisas tão simples como mudanças meteorológicas não previstas pelo software dos drones ou um comportamento humano complexo. “Outra questão assustadora é que só se pode testar estes sistemas de guerra autónomos no campo de combate. Quem sabe se isso não está já a acontecer atualmente, com os russos na Síria?”, diz ainda Nolan.
Há poucas pessoas a falar sobre isto, mas se não tivermos o cuidado suficiente uma ou mais destas armas, estes robots assassinos, podem acidentalmente despoletar uma guerra, destruir uma planta nuclear ou causar atrocidades de forma massiva”, avisa.