“Querer banir o acesso das pessoas, por exemplo, à carne de vaca, é tão ilegítimo como banir refeições vegetarianas”. Assunção Cristas criticou esta sexta-feira a decisão da Universidade de Coimbra de eliminar a carne bovina das cantinas, sublinhando que o CDS-PP não aceita que seja imposta “uma agenda radical que não tem sentido”.

“Nós entendemos que todas as pessoas devem ter liberdade para fazer as suas escolhas. Estar a querer banir o acesso das pessoas, por exemplo, à carne de vaca, é tão ilegítimo como banir refeições vegetarianas, que devem estar naturalmente disponíveis”, defendeu a líder do CDS, que falava aos jornalistas depois de uma visita à Clínica da Misericórdia, em Setúbal. Cristas lembrou também que em Portugal a produção de bovinos é extensiva, em prados e pastagens.

Se formos fazer as contas ao saldo daquilo que são os valores ambientais ou danos ambientais, o saldo é capaz de ser em vários casos positivo. Sobretudo, se tivermos pastagens bio diversas e enriquecidas, portanto, podemos ter aqui uma oportunidade de desenvolvimento verde, de economia verde”, explicou.

Neste sentido, o CDS não aceita que seja imposta “uma agenda radical que não tem sentido”, que muitas vezes está baseada em “informação que não é rigorosa nem verdadeira, acrescentou Assunção Cristas.

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Universidade de Coimbra e a carne de vaca. Qual é o real impacto no ambiente?

O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, disse esta quinta-feira que a academia está a “cuidar do futuro” dos jovens ao decidir eliminar, a partir de janeiro de 2020, a carne de vaca das ementas das suas cantinas”. Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não se pronunciou diretamente sobre este tema, mas afirmou que, apesar de comer cada vez menos, tenciona continuar a consumir carne, “nomeadamente carne de vaca”.