“Reunimos hoje a Comissão Municipal de Proteção Civil, em coordenação com o Serviço Regional de Proteção Civil, e organizámos os vários serviços. Estamos a eliminar potenciais alvos a nível da orla costeira e da vila que possam ser projetados com a força do vento”, disse esta segunda-feira à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal do Corvo (a única da ilha), José Manuel Silva.
O furacão “Lorenzo”, que passou à categoria 2 na escala de Saffir-Simpson, encontrava-se esta segunda de manhã a aproximadamente 1.800 quilómetros a sudoeste dos Açores, mas está prevista uma “diminuição da intensidade nos próximos dias”.
Segundo o mais recente comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o centro do furacão – que na noite de domingo era descrito como de categoria 4 e já teve outras classificações — deverá passar muito próximo do grupo Ocidental (Flores e Corvo), afetando assim todo o arquipélago na próxima quarta-feira”.
De acordo com o autarca do Corvo, ilha com 440 habitantes, “hoje ainda está um dia de verão”, mas a função da autarquia e das autoridades é alertar a população, até porque “desta vez tudo indica” que o furacão passe entre os grupos Ocidental e Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) do arquipélago.
Recordando o impacto na ilha, em fevereiro, da tempestade “Kyllian”, que afetou “essencialmente a orla costeira”, o presidente da autarquia adiantou que “na terça-feira o acesso ao cais deverá ser encerrado e as embarcações serão todas retiradas do cais”.
“Hoje à tarde chegam seis elementos dos serviços florestais da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, assim como o secretário regional adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias, que se vai manter na ilha, e um enfermeiro com formação em cenários de catástrofe”, acrescentou.
José Manuel Silva explicou ainda que além do efetivo da corporação de bombeiros, constituída por “12 elementos, estarão mobilizados, a partir de terça-feira, mais cinco bombeiros que prestam serviço no aeroporto”.