O consórcio Amorim/Vanguard, que foi escolhido para a compra de parte dos ativos da Herdade da Comporta, deverá realizar a escritura no dia 14 de novembro, em vez de fazê-lo em 28 de outubro, disse esta sexta-feira fonte oficial.
O atraso está relacionado com o facto de estarem a ser “finalizados os procedimentos relacionados com as servidões administrativas”, ou seja, limitações em favor de outras entidades, na região, salientou a mesma fonte à Lusa.
Questionada sobre a informação, avançada pelo Observador, de que um recurso da empresa Total Value pretende suspender a venda, a mesma fonte não quis comentar.
A assembleia-geral de participantes da Herdade da Comporta aprovou em 27 de novembro do ano passado a venda dos ativos da propriedade ao consórcio Amorim/Vanguard. O preço final do negócio foi fixado em 157,526 milhões de euros.
“A aprovação pela assembleia-geral de participantes da venda dos ativos da Herdade da Comporta ao consórcio em que estamos, ao lado da Vanguard Properties, é um passo decisivo num longo processo em que nos envolvemos com empenho e sentido de responsabilidade”, afirmou, na altura, em comunicado a empresária Paula Amorim, que integra o agrupamento.
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Um mês antes, em 28 de outubro, a Gesfimo, entidade gestora da Herdade da Comporta, assinou um “contrato promessa de compra e venda” da propriedade com o consórcio Amorim/Vanguard.
“A Gesfimo — Espírito Santo Irmãos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA, na qualidade de entidade gestora do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, informa que assinou com o consórcio constituído pela Amorim Luxury SA e Port Noir Investments SARL [mais conhecido por Vanguard Properties], um contrato promessa de compra e venda de ativos que integram o património do fundo, no âmbito de um processo de venda assessorado pela Deloitte”, segundo o comunicado divulgado na altura.
O consórcio Amorim/Vanguard terá sido o único a entregar uma proposta à compra da herdade. A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida há cerca de quatro anos, após o colapso financeiro do GES — Grupo Espírito Santo.