A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a ponderar avançar com ações judiciais contra os antigos administradores que participaram de alguma forma na decisão de financiar a compra de ações do BCP pelo empresário Joe Berardo.

De acordo com o Jornal Económico, que cita fonte próxima do processo, a análise jurídica dos advogados das três sociedades contratadas pela CGD foca-se no cumprimento dos deveres de diligência dos ex-gestores da administração de Carlos Santos Ferreira, cujas decisões deveriam ter sido cautelosas e criteriosas.

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Caso se conclua que houve uma violação no cumprimento dos seus deveres, o banco poderá avançar com ações por responsabilidade solidária. Neste tipo de processo judicial, “não é necessário que a responsabilidade seja dolosa para os antigos gestores serem condenados, sendo “suficiente provar que houve negligência”, explica o jornal na edição desta semana, citando a mesma fonte.

Joe Berardo obteve créditos de 350 milhões de euros da CGD para comprar ações do BCP, que acabaram por se relevar ruinosos para o banco. Além deste valor dado à Fundação Berardo, foi ainda atribuído um crédito de 50 milhões de euros à Metalgest, com pareceres de risco condicionado.

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