As câmaras municipais arrecadaram, em 2018, 3.470,2 milhões de euros em impostos e taxas, noticia esta quinta-feira o Jornal de Negócios, que analisou os dados divulgados no Anuário Financeiro dos Municípios, divulgado na quarta-feira pela Ordem dos Contabilistas. O valor é o mais elevado de sempre, ao mesmo tempo que as receitas fiscais continuam a representar a maior fatia das receitas municipais.
Relativamente a 2017, registou-se um aumento de 4,2% no montante gerado por estes impostos, mas um crescimento inferior ao verificado há dois anos (11,2%), quando se ultrapassou pela primeira vez os 3 milhões de euros. O peso dos impostos e taxas nas receitas das câmaras municipais também subiu. Segundo o Jornal de Negócios, estes representam, atualmente, 40,6% do dinheiro arrecadado pelos municípios, mais 7,8% do que o registado há 15 anos.
Isto mostra que as autarquias reforçaram as receitas próprias, promovendo a sustentabilidade financeira, refere o estudo. Em 2018, as receitas geradas pelos impostos superaram o total das transferências em 311,3 milhões de euros, a maior diferença dos últimos dez anos. Em relação aos empréstimos, o dinheiro gerado desceu, com 173 autarquias a não apresentarem qualquer valor neste campo “porque prescindiram do recurso ao crédito bancário, ou porque não tiveram condições de acesso ao mesmo”, cita o Jornal de Negócios.
Os dados divulgados no Anuário Financeiro do Município mostram que Lisboa é a autarquia que mais dinheiro arrecadou em impostos no ano passado. O valor ultrapassa os 513 milhões de euros. Portimão é o município que mais depende das receitas ficais. Quase 73% do dinheiro gerado vem de impostos e taxas.
De uma maneira geral, o Jornal de Negócios considera que o setor autárquico revela equilíbrio orçamental e que as contas dos municípios continuam a melhorar.