Matthias Schmelz, empresário da Rainbow Portugal, está há vários meses a ser investigado pela suspeita de organizar orgias com jovens, incluindo menores, na sua mansão em Cascais, a quem pagaria 500 euros por sessão de sexo, avançou a TVI24. O suspeito, que continua em liberdade, garantiu à estação televisiva que está inocente. O Observador confirmou junto da Polícia Judiciária que a investigação está em curso mas não conseguiu contactar o empresário alemão de 59 anos.
Segundo a TVI24, as jovens teriam na sua maioria 16 e 17 anos, tendo uma delas 14 anos. O empresário, que trouxe o negócio dos aspiradores Rainbow para Portugal em 1993 — é o presidente da Fenix Lusitana, empresa que importa os aspiradores para o país — contrataria as jovens via WhatsApp e pagar-lhes-ia, em média, 500 euros por sessão de sexo. As sessões terão sido uma prática diária nos últimos meses e muitas das orgias terão acontecido a seguir às aulas e ainda durante o dia: o milionário apanharia algumas das raparigas à porta das escolas. Segundo a TVI, algumas das menores pertencerão às classes alta e média alta, vivendo em condomínios com os pais e estudarão em Lisboa e na linha de Cascais.
A situação terá sido inicialmente denunciada por uma mãe que afirmou que a sua filha foi aliciada para uma orgia, mas a investigação só se intensificou quando a moradia de Matthias Schmelz foi assaltada, na noite de 21 de março.
O empresário tinha-se ausentado do país e deixara a casa ao cuidado de uma jovem de 18 anos, que convidou alguns amigos. Segundo a TVI, Matthias permitiria que as jovens organizassem festas na sua moradia de luxo sem a sua presença.
Nessa noite, por volta das 23h, um outro grupo de jovens, dois de 18 anos e um de 27, invadiu a mansão a pedido de uma jovem de 18 anos que teria estado numa festa no local na véspera e reparara nos bens de valor ali existentes. Os assaltantes terão amarrado a jovem brasileira, ameaçando-a com uma faca encostada ao pescoço, tendo esta sofrido pequenos golpes ao tentar resistir e os outros refugiaram-se no quarto de cima, tendo um deles ligado para o 112. A PSP cercou a casa apanhou os três elementos. A rapariga que terá encomendado o golpe foi também identificada, perto da estação de comboios de Cascais. Ao serem presentes a tribunal, no dia seguinte, alguns revelaram o porquê de estarem naquela casa. Segundo a TVI, quando saíram em liberdade, Matthias Schmelz soube que estava a ser investigado.
O magnata está sob a suspeita da prática dos crimes de prostituição de menores e lenocínio de menores e tem sido sujeito a ações de apertada vigília.